Mato Grosso do Sul registrou um superávit comercial de US$ 529 milhões em janeiro, um aumento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado pelo crescimento das exportações, que somaram US$ 739 milhões, alta de 0,9%, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (10) pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
A celulose liderou a pauta de exportações, representando 53,3% do total, com receita de US$ 394,1 milhões, um salto de 186,6% na comparação anual. A carne bovina ficou em segundo lugar, com 13,9% de participação e faturamento de US$ 102,5 milhões.
A indústria de transformação foi o setor que mais cresceu, com aumento de 51,9% no valor exportado e 47,8% no volume. A agropecuária teve queda de 86% em movimentação e 85,7% em volume. A indústria extrativa também recuou, com retração de 25,3% na receita. Outros produtos tiveram crescimento expressivo, com alta de 11.411% no faturamento e 3.232% em volume.
A economista Bruna Mendes, coordenadora de economia da Semadesc, afirma que o desempenho comercial de MS tem sido impulsionado por commodities e produtos agroindustriais. “O superávit comercial reflete a capacidade econômica do estado. As exportações saltaram de US$ 383,4 milhões em 1997 para US$ 10,6 bilhões em 2023, com crescimento acentuado a partir de 2005”, disse.
O secretário de Estado Jaime Verruck atribui o resultado à política de desenvolvimento industrial e agroindustrial do governo de Eduardo Riedel (PSDB). “A indústria de transformação cresceu 51% em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionada pela cadeia da celulose, principalmente com o início das atividades da Suzano em Ribas do Rio Pardo”, afirmou.
A China se manteve como principal destino das exportações do estado, respondendo por 41,7% do total. A Itália e Bangladesh registraram os maiores crescimentos, com avanço de 245,5% e 497,2%, respectivamente, em relação a janeiro de 2024.
Entre os municípios, Três Lagoas liderou com 31,1% do total exportado, aumento de 30,8% na comparação anual. Ribas do Rio Pardo ficou em segundo lugar, com 25,1%, seguido por Campo Grande, com 6,5%.
O Porto de Santos foi o principal canal de escoamento dos produtos de MS, representando 60,4% das exportações em janeiro. Paranaguá ficou em segundo, com 20,9%.
As importações caíram 15,7% e somaram US$ 209 milhões. O gás natural, líquido ou não, foi o principal item importado, com 46,5% de participação, mas sofreu retração de 20,1% no valor em relação a 2024.
- Com informações da Agência de Notícias