Quando assistimos a uma palestra de alguém como Doug Herrington, CEO da Worldwide Amazon Stores, somos desafiados a refletir sobre como nossos negócios podem evoluir e prosperar em um mundo em constante mudança. Na NRF2025, ele compartilhou sua visão sobre os pilares que sustentam o sucesso da Amazon: inovação, automação e uma cultura que abraça o risco. Para mim, foi uma aula inspiradora sobre como criar um negócio não apenas resiliente, mas transformador.
Uma das mensagens mais impactantes foi a importância de aprender com falhas. Herrington relembrou suas experiências em startups de e-commerce que não deram certo e como isso moldou sua jornada na Amazon. Ele demonstrou que o fracasso não é um obstáculo, mas uma oportunidade de aprendizado e crescimento. Para empreendedores, isso é um lembrete poderoso: inovar exige coragem para arriscar e resiliência para se levantar após cada queda.
O exemplo da Amazon Prime me chamou particularmente a atenção. Quando lançado, muitos questionaram a ideia de um programa de assinaturas que oferecesse entregas rápidas por um preço fixo. No entanto, ele se tornou um dos maiores diferenciais da Amazon, redefinindo as expectativas dos consumidores em relação à conveniência. Essa ousadia é um marco para qualquer empresa: às vezes, as ideias mais arriscadas são as que criam mudanças mais significativas.
A aplicação de automação e IA na operação da Amazon é outro ponto que merece destaque. Herrington apresentou a transformação da rede logística em um modelo regionalizado e a introdução de centros de entrega no mesmo dia, que não apenas aumentaram a eficiência, mas também reduziram custos e incidentes de segurança. Isso me fez refletir sobre como a tecnologia, quando usada estrategicamente, pode ser uma aliada poderosa para melhorar operações e criar valor para o cliente.
Outro ponto brilhante foi a utilização de IA generativa para transformar a experiência do consumidor. A ferramenta Rufus, que responde a milhões de perguntas diariamente, e os resumos automatizados de resenhas mostram como a tecnologia pode simplificar decisões e personalizar interações. Além disso, o uso de IA para prever tamanhos de roupas e calçados não apenas melhora a experiência de compra, mas também reduz desperdícios, alinhando-se a práticas sustentáveis, uma preocupação cada vez mais relevante.
Por trás de tudo isso, está a cultura organizacional da Amazon. Herrington ressaltou que a empresa incentiva uma “inclinação ao sim”, onde projetos avançam mesmo sem consenso total. Essa postura corajosa de assumir riscos calculados é algo que muitos negócios podem adotar. A verdadeira inovação nasce quando estamos dispostos a desafiar o status quo e explorar o desconhecido.
O que mais me marcou foi a visão de longo prazo que permeia todas as decisões da Amazon. Herrington foi claro ao afirmar que o impacto total da IA no varejo ainda está por vir, e que as empresas que investirem hoje colherão frutos no futuro. Como líderes, temos a responsabilidade de pensar além do imediato, preparando nossas organizações para o que está por vir.
A grande lição que levo desse painel é que a inovação não é apenas sobre tecnologia, mas sobre visão. É sobre colocar o cliente no centro, aceitar riscos e criar uma cultura que valorize o aprendizado contínuo. Para empresas de todos os tamanhos, isso significa um chamado para ousar mais, aprender com os erros e buscar formas de transformar a experiência do cliente. Assim como a Amazon, temos a oportunidade de não apenas acompanhar as mudanças, mas de moldar o futuro.
DIJAN DE BARROS
NRF2025
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