A NRF2025 trouxe, mais uma vez, lições valiosas para empreendedores e líderes empresariais que buscam se destacar em um mercado desafiador. Durante o painel “Game Changing – Culture’s Influence on Navigating Volatility and Fueling Long-term Growth”, liderado por Brian Cornell, Michael Bush e Abubakarr Bangura, ficou evidente que o sucesso de uma empresa não se baseia apenas em tecnologia ou produtos, mas na força de sua cultura organizacional. Para mim, essa palestra foi uma aula prática de como alinhar valores internos e inovação para garantir um crescimento sustentável.
A Target demonstrou que a cultura de uma empresa pode ser seu maior diferencial competitivo. Brian Cornell compartilhou como o cuidado, o crescimento e a colaboração moldam o DNA da organização. Um exemplo claro disso é o apoio oferecido aos colaboradores em momentos críticos, sejam crises regionais ou desafios pessoais. Esse cuidado vai além de simples gestos, refletindo na retenção de talentos e no engajamento de equipes, um ponto que considero essencial para qualquer negócio que deseja prosperar.
Outro aspecto que chamou minha atenção foi o investimento da Target no desenvolvimento de talentos e liderança. Programas como o Prepare for Next e o Store Director Development Program são exemplos de iniciativas que não apenas qualificam os colaboradores, mas também criam um pipeline robusto de lideranças internas. Os resultados falam por si: uma redução impressionante de 71% no turnover de diretores de loja e uma melhoria significativa nos índices de experiência do cliente. Para líderes empresariais, essa é uma lição sobre o impacto positivo de preparar suas equipes para o futuro.
A escuta ativa foi outro ponto alto do painel. Muitas vezes, as empresas subestimam o poder de ouvir seus colaboradores, mas a Target provou que práticas como pesquisas regulares e feedback constante criam um ambiente onde os funcionários se sentem valorizados e engajados. Essa abordagem não apenas melhora o clima organizacional, mas também fortalece o desempenho do negócio. Como empreendedor, sei que compreender as necessidades de uma equipe é essencial para criar uma cultura sólida e duradoura.
O equilíbrio entre tecnologia e interação humana também foi amplamente debatido. A Target exemplificou isso com o uso da IA generativa no chatbot Store Companion, que auxilia os funcionários em operações e treinamentos. No entanto, os painelistas foram claros: a tecnologia deve complementar, e não substituir, as conexões humanas. Essa perspectiva ressoa profundamente comigo, especialmente em um mundo onde a
digitalização avança rapidamente, mas o toque humano ainda é indispensável para criar experiências memoráveis.
Por fim, fiquei impressionado com o programa Dream to Be, que oferece educação gratuita para milhares de funcionários. Essa iniciativa prepara as equipes para enfrentar mudanças tecnológicas e desafios futuros, enquanto fortalece o senso de pertencimento dentro da organização. Esse é um exemplo claro de como o aprendizado contínuo pode ser uma ferramenta poderosa para construir empresas resilientes e inovadoras.
O que mais me marcou nesta discussão foi como a Target equilibra tecnologia, empatia e liderança para criar um modelo de negócio sustentável. Para os empreendedores, a mensagem é clara: o futuro do varejo pertence às empresas que priorizam sua cultura interna, valorizam seus colaboradores e se adaptam às mudanças com flexibilidade e visão.
DIJAN DE BARROS
NRF2025
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