Refletindo sobre a trajetória de 40 anos de Tommy Hilfiger, apresentada na NRF2025, sinto-me inspirado pela visão ousada e pela persistência que transformaram um jovem vendedor de jeans em um dos maiores ícones da moda global. Tommy não apenas construiu uma marca; ele criou um movimento que conecta moda, música, cultura pop e, acima de tudo, pessoas.
A história começa de forma humilde. Aos 18 anos, com um investimento de apenas $150, Tommy começou vendendo jeans do porta-malas de um carro. Não demorou para que, aos 19 anos, ele tivesse uma visão clara: criar uma marca global de estilo de vida que fosse acessível, conectada à cultura pop e que refletisse autenticidade. Essa visão foi alimentada por uma compreensão única de que moda é mais do que roupas, é uma forma de expressão, um reflexo de identidade e comunidade.
O que distingue Tommy é sua habilidade de conectar a marca à cultura pop de maneira genuína. Suas colaborações com músicos, atletas e celebridades como Beyoncé, David Bowie e Britney Spears não foram meramente estratégias de marketing, foram parcerias que integraram a marca ao coração da cultura contemporânea. A introdução do conceito “see-now-buy-now” foi um marco que revolucionou o setor, permitindo que os consumidores comprassem peças diretamente do desfile, encurtando o ciclo entre inspiração e consumo.
Outra lição poderosa compartilhada por Tommy é a importância do aprendizado contínuo e da construção de uma equipe de excelência. Ele destacou a necessidade de contratar pessoas mais inteligentes e especializadas para fortalecer a marca. Perguntas como “O que vem a seguir?” ilustram sua mentalidade de inovação constante, um elemento crucial para qualquer negócio que deseje permanecer relevante em mercados competitivos.
Hilfiger também trouxe reflexões sobre inclusão e sustentabilidade, pilares que estão no centro de sua marca desde o início. Antes mesmo de “inclusividade” se tornar uma palavra-chave, Tommy já criava moda acolhedora e diversa. Sua dedicação a causas sociais, como apoio a crianças e iniciativas relacionadas ao autismo, reforça o compromisso de usar a moda como uma plataforma para o bem social.
A tecnologia desempenhou um papel significativo na transformação da marca. Desde a adoção de design em 3D para otimizar processos até a integração do e-commerce, Tommy demonstrou que, embora seja essencial manter a essência de uma marca, a adaptação às novas realidades do mercado é igualmente indispensável. Ele também destacou a importância da inteligência artificial como uma força motriz para o futuro dos negócios, alertando, no entanto, que ela deve ser usada com sabedoria.
Minha maior lição dessa conversa foi a resiliência e a capacidade de adaptação que permeiam a trajetória de Tommy Hilfiger. Ele enfrentou desafios financeiros, questionou tendências e reinventou continuamente sua marca sem perder de vista sua essência. A mensagem final de Tommy é um lembrete poderoso para empreendedores: obstáculos são oportunidades disfarçadas, e o sucesso depende de paixão, dedicação e autenticidade.
Para líderes e empresas, a trajetória de Tommy Hilfiger é um exemplo vivo de que inovação e inclusão são essenciais para o crescimento sustentável. Mais do que construir uma marca, Tommy construiu uma conexão emocional com gerações, provando que negócios bem-sucedidos não são apenas sobre produtos, mas sobre pessoas, cultura e impacto.
DIJAN DE BARROS
NRF2025
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