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Saldo é o maior da série histórica iniciada em 2020

O Brasil registrou saldo positivo de 431.995 empregos com carteira assinada em fevereiro, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). De acordo com a pasta, esse é o maior saldo mensal desde o início da nova série histórica do Caged, em 2020.

O resultado de fevereiro é fruto de 2.579.192 admissões e 2.147.197 desligamentos. No acumulado do ano, o saldo foi de 576.081 empregos. Nos últimos 12 meses, foram 1.782.761 novos postos de trabalho.

Em relação ao estoque – total de vínculos celetistas ativos –, o país registrou 47.780.769 vínculos em fevereiro, um crescimento de 0,91% em relação ao mês anterior.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, atribuiu o resultado às políticas de investimento e reindustrialização do governo federal.

“Nós estimulamos um monte de investimento e esse é o resultado”, disse Marinho durante coletiva de imprensa em Brasília.

“Nós estamos com um programa de reindustrialização, estamos motivando que a indústria se prepare para produzir os equipamentos de saúde, em vez de importar. Nós estamos com todo o debate sobre a transição climática, motivando investimento, queremos produzir SAF [sigla para o Combustível Sustentável de Aviação] no Brasil para substituir o combustível poluidor das aeronaves”, afirmou.

Setores

O setor de serviços liderou a criação de empregos formais em fevereiro, com 254.812 novas vagas, alta de 1,1% em relação a janeiro.

Na indústria, foram 69.884 novos postos (+0,78%). No comércio, 46.587 empregos foram criados (+0,44%), enquanto a construção registrou 40.871 novos postos (+1,41%). O setor de agropecuária gerou 19.842 vagas (+1,08%).

O salário médio de admissão foi de R$ 2.205,25, o que representa uma redução real de R$ 79,41 em relação ao mês anterior (-3,48%).

Perfil das contratações

As mulheres ocuparam a maioria das vagas criadas em fevereiro (229.163 postos), enquanto os homens ficaram com 202.832 vagas.

A faixa etária com maior saldo foi a de 18 a 24 anos, com 170.593 novas contratações. O ensino médio completo foi o nível de escolaridade com mais admissões, totalizando 277.786 vagas.

Entre os trabalhadores com faixa salarial de até 1,5 salário mínimo, foram gerados 312.790 empregos. Na distribuição por raça/cor, pessoas pardas registraram saldo de 269.129 contratações, enquanto brancas tiveram 189.245 novas admissões.

Estados

Com exceção de Alagoas, todos os estados registraram saldo positivo na geração de empregos.

Em números absolutos, São Paulo foi o estado com maior criação de postos de trabalho (137.581 vagas), seguido por Minas Gerais (52.603) e Paraná (39.176).

Os menores saldos foram registrados em Alagoas (-5.471 postos), Acre (+429 vagas) e Paraíba (+525 postos).

Proporcionalmente, os estados com maior crescimento em relação ao estoque do mês anterior foram Goiás (+20.584 vagas, variação de 1,30%), Tocantins (+3.257 postos, +1,25%) e Mato Grosso do Sul (+8.333 postos, +1,24%).

Crescimento e política econômica

O ministro foi questionado sobre os números positivos, que indicam uma economia aquecida, e a política de contração da atividade econômica defendida pelo Banco Central. Segundo Marinho, os dados de fevereiro refletem efeitos sazonais, e uma queda na geração de empregos é esperada para março.

“Eu espero que a economia continue aquecida, afinal de contas a gente ainda tem muita gente no subemprego, desempregada”, afirmou.

Ele voltou a criticar a taxa de juros da economia, a Selic, mantida em 14,25% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no início do mês.

“O que me parece que está acontecendo é que a transição do Banco Central tinha contratos realizados e eles estão sendo cumpridos. Não se recomenda cavalo de pau na economia e, portanto, os processos estão sendo respeitados”, disse.

A declaração faz referência às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à decisão do Banco Central de manter a taxa de juros elevada após a saída de Roberto Campos Neto da presidência da instituição e a entrada de Gabriel Galípolo.

“Acho que o que se necessita no Brasil é um grande pacto de mais produção para conter a inflação, e não o contrário. Me parece também que, com o aumento de juros, as pessoas não vão deixar de comer carne, ovo, arroz e feijão. O debate é outro, precisamos produzir mais”, afirmou Marinho.

  • Com informações da Agência Brasil – Foto de capa: © Fernando Frazão/Agência Brasil

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