A influenza A foi responsável por 74,1% dos óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas quatro semanas no Brasil, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (3) pela Fiocruz. O levantamento é baseado nos dados da semana epidemiológica 26, de 22 a 28 de junho.
O estudo indica que os casos de SRAG permanecem em níveis elevados em boa parte do país, embora haja sinais de queda ou estabilização em estados das regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste, tanto para a influenza A quanto para o vírus sincicial respiratório (VSR), outro agente comum de infecções respiratórias.
Entre os casos positivos de SRAG analisados no período, 33,4% foram causados por influenza A, 1,1% por influenza B, 47,7% por VSR, 20,6% por rinovírus e 1,8% por Sars-CoV-2 (Covid-19). Nos óbitos, a influenza A também lidera, seguida por VSR (14,1%), rinovírus (10,2%) e Covid-19 (3,1%).
A pesquisadora Tatiana Portella, da equipe do InfoGripe, alerta para o avanço da doença em estados como Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima. “Os vírus responsáveis pelo aumento continuam sendo a influenza A e o VSR”, afirmou.
Ela reforça a importância da vacinação contra a gripe, disponível gratuitamente pelo SUS para os grupos prioritários, como idosos, gestantes, crianças pequenas e pessoas com comorbidades. “Mesmo quem já teve gripe este ano deve se vacinar, já que o imunizante protege contra os três principais tipos de vírus da influenza”, explicou.
Segundo o boletim, os idosos continuam sendo os mais afetados pela influenza A, enquanto os casos de SRAG em crianças pequenas estão mais associados ao VSR, além do rinovírus e da própria influenza A.
Apesar dos sinais de estabilização em parte do país, a incidência de hospitalizações por SRAG segue elevada. Em estados como Mato Grosso, Pará, Paraná e Rondônia, o número de internações por VSR entre crianças pequenas ainda apresenta tendência de crescimento.
Com informações e imagem do Governo Federal