Cerca de dez brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foram enviados nesta sexta-feira (10) à Bolívia para atuar no combate ao incêndio que atinge a região da Serra do Amolar, em Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense.
A autorização foi concedida pelo governo boliviano, já que a área afetada só pode ser acessada a partir do território do país vizinho. Os brigadistas devem atuar em uma faixa localizada entre a Baía Guaíva e a Baía Mandioré.
O fogo, que começou no dia 27 de setembro, já dura quase 15 dias e consumiu aproximadamente 28 mil hectares — o equivalente a 28 mil campos de futebol, conforme dados do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).
De acordo com o Instituto, o incêndio teve início após a queda de um raio em um morro com mais de 800 metros de altura. A área afetada é considerada um importante santuário natural do Pantanal, abrigando milhares de espécies de plantas e animais. São cerca de 3,5 mil tipos de vegetação, 325 espécies de peixes, 53 de anfíbios, 98 de répteis, 656 de aves e 159 de mamíferos.
Além da biodiversidade, a Serra do Amolar tem papel essencial no equilíbrio ambiental do bioma, especialmente no ciclo das cheias do Pantanal.
Foto de capa: Divulgação/ IHP