Estado realizou quase 140 mil exames em 2025, com foco em dengue, zika, chikungunya, oropouche e mayaro
Mato Grosso do Sul se tornou referência nacional em vigilância laboratorial e epidemiológica, liderando o país em número de testagens para arboviroses, segundo dados do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), sistema do Datasus que monitora os exames realizados por laboratórios públicos.
Até outubro de 2025, o estado registrou mais de 139 mil exames laboratoriais, com destaque para os diagnósticos de dengue, zika, chikungunya, oropouche e mayaro. As regionais de saúde de Campo Grande e Dourados figuram entre as áreas com maior demanda por diagnósticos no país.
O desempenho foi apresentado durante a Reunião Nacional das Arboviroses, realizada em Brasília no último mês, e reconhece o trabalho conjunto entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e as unidades municipais de saúde no envio e análise de amostras.
A secretária de Estado de Saúde em exercício, Crhistinne Maymone, atribui o resultado à estratégia de vigilância contínua e à qualificação técnica das equipes.
“Esses números refletem o esforço contínuo do estado em manter a vigilância ativa, especialmente em períodos de maior risco de transmissão. O destaque de Mato Grosso do Sul é fruto de um trabalho técnico, contínuo e comprometido. Investimos em estrutura, capacitação e articulação com os municípios porque entendemos que a vigilância laboratorial é uma ferramenta essencial para salvar vidas”, afirmou.
Trabalho integrado
Segundo a gerente técnica estadual de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, o avanço do estado é resultado da mobilização dos 79 municípios sul-mato-grossenses para o envio regular de amostras ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), o que garante maior precisão na vigilância epidemiológica.
“O fato de Mato Grosso do Sul estar entre os estados que mais solicitam exames mostra que estamos atentos à circulação viral. O Lacen tem sido parceiro essencial para garantir diagnósticos rápidos e confiáveis, e nosso trabalho é constante junto aos municípios pelo compromisso com o envio regular de amostras”, explicou.
O diretor do Lacen, Luiz Henrique F. Demarchi, destacou que o papel do laboratório vai além da análise de material biológico. “Nosso trabalho envolve apoiar tecnicamente os municípios, orientando e capacitando as equipes locais na coleta e envio de amostras para diagnóstico. Essa atuação integrada fortalece toda a rede de vigilância em saúde e assegura que o Estado tenha respostas rápidas e em tempo oportuno diante de qualquer sinal de surto”, afirmou.
Estrutura e vigilância ativa
A SES tem reforçado investimentos em infraestrutura, capacitação e tecnologia, buscando ampliar a cobertura da vigilância laboratorial. O objetivo é garantir diagnósticos ágeis, permitindo ações preventivas e respostas rápidas em caso de aumento de casos de arboviroses.
Com a ampliação da capacidade técnica do Lacen e a articulação com as secretarias municipais, Mato Grosso do Sul mantém vigilância ativa sobre os vírus em circulação e se consolida como referência nacional na detecção precoce de surtos e epidemias.
Com informações e imagem do Governo de Mato Grosso do Sul