Leandra Costa

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Quem empreende sabe: vender não é só convencer alguém a comprar, é aprender com cada contato. É nesse aprendizado contínuo que mora o segredo de negócios que crescem com estabilidade.

Principalmente no universo das startups e de negócios inovadores, a venda não acontece por acaso. Existe método, e um dos mais conhecidos é o funil de vendas, que ajuda a entender onde está cada possível cliente e o que fazer para avançar até a compra.

Independentemente do tamanho da empresa, o funil tem três grandes etapas:

1. Atrair;
2. Apresentar valor;
3. Concluir a venda.

De forma simples o processo é : primeiro a pessoa descobre sua solução, depois passa a entender melhor como ela pode ajudar, e só então decide comprar.

O que muitas empresas perceberam, e aqui está a virada, é que cada etapa do funil é também uma chance de ouvir o cliente.

– O que ele buscava?
– O que não encontrou?
– Por que continuou?
– Por que desistiu?

Essas respostas são combustível para melhorar o produto e, claro, as vendas.

É aqui que entra o crescimento testado na prática, uma abordagem que virou padrão nas empresas inovadoras.

Ela funciona assim: em vez de apostar tudo em uma única estratégia, a empresa faz pequenos testes, observa os resultados e decide o que funciona melhor.

Não é sobre gastar mais, é sobre aprender mais rápido.

Esses testes podem ser simples: mudar o texto de uma página, tentar uma nova forma de explicar o produto, organizar melhor as informações, conversar com clientes para entender suas dúvidas, ou testar outra forma de mostrar resultados.

O objetivo é achar o caminho mais fácil entre o cliente e a compra, menos atrito, mais clareza.

E quando essa máquina começa a rodar, surge a próxima pergunta: como escalar?

Escalar significa crescer atendendo muito mais pessoas sem aumentar o custo na mesma proporção. É transformar um processo que funciona “na mão” em algo repetível. É como sair da cozinha caseira para uma operação profissional, mantendo o sabor.

Isso normalmente envolve tecnologia, mas envolve também foco. Nem todo cliente serve para escalar.
Startups que crescem de forma saudável entendem para quem sua solução faz mais sentido, e concentram energia nesses clientes.

No Mato Grosso do Sul, já vemos negócios fazendo essa transição: empresas que começaram vendendo para poucos, aprenderam sobre seus clientes e hoje atendem outras regiões com rapidez, mantendo preço competitivo e ganhando eficiência.

Para quem está começando, quatro pontos ajudam muito:

• Funil é conversa: entenda onde o cliente está na jornada;
• Crescimento é prática: teste, observe, ajuste;
• Venda comprada é relação: quando o cliente entende o valor, ele compra por vontade;
• Escala exige foco: crescer é escolher prioridades.

No fim, o que faz um negócio se destacar não é só vender muito, é vender melhor. E isso exige humildade para ouvir, ajustar e melhorar sempre.

As empresas que fazem isso criam vantagem real. E os clientes percebem.

Porque ninguém gosta de ser empurrado para uma venda.

Mas todo mundo compra quando sente que algo, de fato, resolve sua necessidade.

Os artigos publicados são de responsabilidade dos colunistas e não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Total News

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Leandra Costa

Gerente Laboratório Aberto de Inovação - Living lab MS (Sebrae/MS). Formada em Administração e Comércio Exterior, com especialização em Gestão Global de Negócios, Politicas públicas para Mulheres, Mestranda em Desenvolvimento Local. Trabalha no Sebrae há mais de 24 anos, com vasta experiência em Atendimento, Mercado, Inovação e Tecnologia. Certificada em Mentoria de Liderança do Futuro e também Certificada em Gestão de Inovação, ambos pela GIMI - Global Innovation Managment Institute de Boston/EUA. | @lecosta_ms
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