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O Ministério da Saúde realiza no próximo sábado (8) o Dia D de mobilização contra a dengue, com ações voltadas à conscientização de gestores públicos, profissionais de saúde e da população sobre medidas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

A iniciativa integra a campanha “Não Dê Chance para Dengue, Zika e Chikungunya”, lançada nesta segunda-feira (3). Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o momento é de reforçar a prevenção e preparar a rede de atendimento para o período de maior risco de transmissão. “A gente age ao longo de todo o ano, mas agora é a oportunidade de voltarmos a chamar a atenção da população para evitarmos qualquer crescimento no número de casos”, afirma Padilha.

Mesmo com queda nos registros em relação a 2024, o ministério alerta para o cenário de atenção. Em 2025, foram notificados 1,6 milhão de casos prováveis e 1.688 mortes, reduções de 75% e 72%, respectivamente, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com o ministério, os casos tendem a aumentar entre novembro e maio, período em que as condições climáticas favorecem o mosquito. Um levantamento feito entre agosto e setembro mostrou que 30% dos municípios brasileiros estão em estado de alerta para a dengue. “O cenário exige atenção redobrada nos locais em alerta”, afirmou Fabiano Pimenta, secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente. Segundo ele, mais de 80% das larvas do Aedes aegypti são encontradas em residências, em locais como vasos de plantas, pneus, caixas d’água e calhas.

Em Mato Grosso do Sul, dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS) indicam 13.446 casos prováveis de dengue em 2025, dos quais 7.928 foram confirmados. Foram registradas 17 mortes confirmadas, com outras sete em investigação. Nos últimos 14 dias, municípios como Campo Grande, Dourados e Três Lagoas apresentaram baixa incidência de casos confirmados, conforme boletim da SES-MS. Até o momento, o estado recebeu 241.030 doses da vacina contra a dengue, com 181.578 já aplicadas no público-alvo. O esquema vacinal prevê duas doses, com intervalo de três meses.

O ministério informou que já prepara a rede de saúde para um possível aumento nos casos, com reforço na assistência, atuação da Força Nacional de Saúde, instalação de centros de hidratação e distribuição de insumos e equipamentos, como larvicidas e nebulizadores portáteis.

Vacina brasileira deve ser aprovada até o fim do ano

A principal aposta do governo no combate à dengue é a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa WuXi Biologics. Padilha afirmou que a Anvisa deve aprovar o imunizante até o fim de 2025, permitindo que as primeiras doses sejam aplicadas em 2026. “Os estudos finais estão indo muito bem e o calendário será cumprido. Teremos o registro da vacina 100% brasileira até o final deste ano”, afirma o ministro.

A previsão é que a farmacêutica entregue 40 milhões de doses ao Brasil no próximo ano. Após a aprovação da Anvisa, especialistas do Programa Nacional de Imunização definirão a estratégia de vacinação e os critérios de distribuição.

Foto de capa: João Risi/MS

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