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Os casos prováveis de dengue em Mato Grosso do Sul caíram 27% em 2025, segundo dados do Ministério da Saúde. Mesmo com a melhora, a pasta alerta que o combate ao mosquito Aedes aegypti deve continuar e lançou, nesta segunda-feira (3), a campanha nacional “Não dê chance para a dengue, zika e chikungunya”, voltada à prevenção e à mobilização da população.

“Mesmo com essa melhora, não podemos baixar a guarda. A dengue continua sendo a principal endemia do país, e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão em regiões onde antes o mosquito não existia”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O estado soma, até o momento, 13,4 mil casos prováveis da doença, contra 18,5 mil registrados no mesmo período de 2024. O número de mortes também diminuiu: foram confirmados 18 óbitos neste ano, ante 29 no ano passado.

No cenário nacional, o país contabilizou 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, uma queda de 75% em comparação com 2024. Os óbitos também reduziram 72%, totalizando 1,6 mil neste ano.

Para o ciclo 2025/2026, o Ministério da Saúde anunciou investimento de R$ 183,5 milhões para ampliar o uso de tecnologias de controle vetorial em todo o país. O recurso será aplicado em métodos que reduzem a capacidade de transmissão do mosquito, como o uso da bactéria Wolbachia, presente atualmente em 12 municípios e com expansão prevista para outros 70, incluindo 13 ainda em 2025.

O ministro Padilha reforçou que a prevenção deve começar antes do período de maior transmissão. “Estamos mobilizando gestores e a população para o Dia D da Dengue, no próximo sábado (8), e divulgando o novo mapeamento entomológico, que identifica áreas de alerta e risco em mais de 3 mil municípios”, disse.

Além da campanha de conscientização, o governo federal vem ampliando as ações estruturais de combate às arboviroses. A Força Nacional do SUS passou a apoiar estados e municípios na instalação de centros de hidratação em áreas com alta incidência da doença. Foram distribuídos 2,3 milhões de sais de reidratação oral, 1,3 milhão de testes laboratoriais e 1,2 mil nebulizadores portáteis para bloqueio da transmissão.

Neste ano, também foi inaugurada em Curitiba (PR) a maior biofábrica de Wolbachia do mundo, com capacidade para produzir 100 milhões de ovos por semana. A tecnologia impede que o mosquito transmita o vírus da dengue, zika e chikungunya.

Na área de imunização, o Ministério da Saúde planeja ampliar a produção da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan. Em visita recente à China, Padilha firmou parceria com a empresa WuXi Biologics para fabricar até 40 milhões de doses anuais a partir de 2026. “A expectativa é que a Anvisa conceda o registro até o fim deste ano, consolidando o maior programa público de imunização contra a dengue do país”, afirmou o ministro.

Desde 2024, a vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 2.752 municípios prioritários. Até outubro de 2025, mais de 10,3 milhões de doses foram distribuídas aos estados, e outras 9 milhões estão previstas para o próximo ano.

Apesar da queda nos números, o Ministério reforça que a população deve seguir eliminando criadouros e redobrando os cuidados com o acúmulo de água parada. “Contra o mosquito, todos do mesmo lado”, é o lema da nova campanha nacional.

Com informações e imagem do Governo Federal

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