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Sistema da Teoria de Resposta ao Item avalia coerência nas respostas e não apenas número de acertos

Mais de 4,8 milhões de candidatos farão neste domingo (9) a primeira parte do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, que inclui redação e 90 questões de múltipla escolha. A avaliação, organizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), usa um sistema que vai além da simples contagem de acertos para calcular a nota: a Teoria de Resposta ao Item (TRI).

O método, adotado desde a reformulação do exame, considera a coerência pedagógica nas respostas. Isso significa que o desempenho do candidato é avaliado pela consistência dos acertos conforme o nível de dificuldade das questões, e não apenas pela quantidade de respostas corretas.

Segundo o Inep, espera-se que participantes que acertem questões difíceis também acertem as mais fáceis, já que o aprendizado ocorre de forma cumulativa. Quando há incoerência, por exemplo, ao errar questões fáceis e acertar difíceis, a pontuação pode ser menor do que a de um candidato com número igual de acertos, mas com desempenho mais consistente.

Cada questão da prova é avaliada a partir de três parâmetros:

  • discriminação, que mede o poder do item de diferenciar quem domina ou não determinado conteúdo;
  • dificuldade, que atribui maior peso às questões mais complexas;
  • acerto casual, que estima a probabilidade de o participante acertar ao acaso.

Essas variáveis compõem um modelo matemático que relaciona a probabilidade de acerto à proficiência do estudante na área avaliada.

O pedagogo e professor de história Glauco Pinheiro, dos colégios Start Anglo Bilingual School e STG, no Rio de Janeiro, recomenda que o candidato evite “chutar” respostas apenas por falta de tempo. “A prova do Enem exige muito a coerência pedagógica para se sair bem. A Teoria de Resposta ao Item, que chamamos de TRI, não vai adotar a quantidade de acertos que o candidato vai conseguir. E sim, sua coerência no Cartão-Resposta”, afirma. Pinheiro também orienta que os participantes iniciem a prova pela redação. “O estudante deve separar de uma hora a uma hora e meia para montar sua redação e deixar para ir para a prova depois desta parte”, diz.

De acordo com o Inep, embora um acerto eventual, “no chute”, não reduza a nota, ele tem menos impacto do que um acerto coerente. Já as questões deixadas em branco são contabilizadas como erradas, o que pode prejudicar o desempenho final.

As provas continuam no dia 16 de novembro, com questões de matemática, química, física e biologia. Os resultados serão divulgados em janeiro de 2026, com as notas mínimas e máximas por área de conhecimento, que variam a cada edição conforme o conjunto de questões aplicadas.

Mais informações sobre a TRI e o cálculo das notas estão disponíveis no canal do Inep no YouTube e no portal oficial do instituto.

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