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Homens receberam, em média, 15,8% a mais que as mulheres em 2023, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quinta-feira (13). O estudo faz parte das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas e mostra que, embora a desigualdade salarial entre os gêneros tenha diminuído em relação a 2022, ela ainda persiste em todo o país.

De acordo com os dados, o salário médio dos homens foi de R$ 3.993,26, enquanto o das mulheres chegou a R$ 3.449, uma diferença mensal de R$ 544,26. Em termos proporcionais, a remuneração feminina representou 86,4% da masculina. No ano anterior, essa proporção era menor: as mulheres ganhavam 83% do rendimento dos homens, o que indica leve avanço em direção à equiparação.

O levantamento considera informações de empresas e organizações formais com CNPJ, incluindo instituições públicas e entidades sem fins lucrativos. Em 2023, o Brasil contabilizava cerca de 10 milhões de empresas ativas, aumento de 6,3% em comparação com 2022. Juntas, elas empregavam 66 milhões de pessoas, sendo 52,6 milhões assalariadas.

Apesar de representarem 45,5% dos trabalhadores assalariados, as mulheres responderam por apenas 41,9% da massa salarial do país. Os homens, por sua vez, concentraram 58,1% dos rendimentos totais.

Diferenças por setor

O estudo também mostra que a desigualdade está relacionada à distribuição por setores de atividade. Entre os homens, os ramos com maior concentração são a indústria de transformação (19,4%), o comércio e reparação de veículos (18,8%) e a administração pública (13%).

Entre as mulheres, a maior presença está na administração pública (19,9%), seguida pelo comércio (18,2%) e pelos serviços de saúde humana e assistência social (11,1%). Nesse último setor, três em cada quatro trabalhadores (75%) são mulheres.

Já nas áreas mais masculinas, como a construção civil, 87,4% dos empregados são homens. Em indústrias extrativas, o índice chega a 83,1%, e em transporte e armazenagem, a 81,3%.

Escolaridade e remuneração

A pesquisa também reforça o impacto da escolaridade na renda. Dos assalariados, 76,4% não tinham ensino superior em 2023. Aqueles com diploma universitário receberam, em média, R$ 7.489,16 por mês — quase três vezes o rendimento dos que não concluíram a faculdade, que foi de R$ 2.587,52.

A educação é o setor com maior concentração de profissionais formados: 65,5% têm nível superior. Em seguida vêm as atividades financeiras (59,9%) e os organismos internacionais (57,4%).

Nos segmentos com menor escolaridade, como alojamento e alimentação, 96,1% dos empregados não possuíam ensino superior. Na agropecuária, o índice foi de 93,8%.

Com os novos dados, o IBGE aponta que o país ainda enfrenta disparidades estruturais no mercado de trabalho, mesmo com avanços recentes. A diferença salarial entre homens e mulheres, embora em queda, segue como um dos principais indicadores das desigualdades de gênero no Brasil.

Quer que eu reescreva essa notícia com lead analítico, destacando o impacto social e as implicações econômicas da desigualdade salarial, como costuma fazer a Folha em matérias de dados e gênero? Isso deixaria o texto mais interpretativo e de leitura aprofundada.

Com informações e imagem da Agência Brasil

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