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O Museu Interativo da Biodiversidade (Mibio), no Bioparque Pantanal, passou a abrigar uma obra artística que une arte contemporânea, educação ambiental e pesquisa científica. A instalação “Interações”, desenvolvida no âmbito do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), reforça a proposta do complexo de promover experiências que relacionam cultura, ciência e sustentabilidade no maior aquário de água doce do mundo.

A obra é uma instalação têxtil construída a partir de materiais reaproveitados. O trabalho investiga conexões entre organismos, memórias e territórios, convidando o visitante a perceber-se como parte de um grande organismo coletivo, no qual criação, transformação e convivência são processos interdependentes. A iniciativa integra o Programa ESG Bioparque, que busca ampliar práticas voltadas à reciclagem, responsabilidade socioambiental e inovação.

Ao dialogar com o público sobre conceitos como os 5 R’s, reciclar, reduzir, recusar, reutilizar e repensar, a instalação pretende estimular reflexões sobre sustentabilidade. Segundo dados do Sebrae, o Brasil produz anualmente cerca de 170 mil toneladas de resíduos têxteis, mas apenas 20% do volume é reciclado. As 135 mil toneladas restantes têm como destino aterros sanitários ou o descarte irregular no meio ambiente.

Autora da obra, a artista Luana Taminato Roque, conhecida como Pitchuqué, formada pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, afirma que o trabalho nasce de memórias afetivas e do potencial transformador dos materiais. “Esta obra é um convite para perceber as interações. Ela foi construída com retalhos de roupas da minha avó, da minha família e de pessoas desconhecidas. Carrega essa memória afetiva, mas também revela o potencial do que um simples retalho pode se tornar”, diz.

Para a professora de biologia Paula Machado, a instalação provoca associações imediatas a ecossistemas brasileiros. “Me remeteu bastante os manguezais, com suas raízes pneumáticas que se desenvolvem em locais alagadiços e saem para fora das árvores”, afirma.

A diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, destaca o papel educativo da obra na mediação entre arte e ciência. “A obra dialoga diretamente com a ciência ao representar, por meio das raízes das árvores, a complexa rede de interações que sustenta a vida. Assim como as raízes se entrelaçam no solo para manter um ecossistema saudável, os tecidos reutilizados simbolizam pessoas, histórias e identidades diversas que se conectam para formar um todo. No Bioparque Pantanal, valorizamos iniciativas que aproximam cultura, ciência e educação ambiental, fortalecendo a percepção de que a natureza e a sociedade estão profundamente interligadas”, afirma.

A instalação já está aberta ao público no Mibio e integra o conjunto de ações do Bioparque Pantanal destinadas a ampliar práticas educativas e promover novas formas de interação com o ambiente.

Com informações e imagem do Governo de Mato Grosso do Sul

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