O fim do ano escolar não deve ser visto apenas como o encerramento de um ciclo escolar, mas sim, como a oportunidade de revisitar as práticas familiares no que diz respeito à educação dos filhos, como também, a relação estabelecida pela família com a escola.
Educar e possibilitar um ambiente saudável para que os filhos desenvolvam suas atividades escolares é responsabilidade da família. A escola deve ser vista como parceira neste processo educacional, visto que sua função é trabalhar o conhecimento por meio de seus currículos, princípios e valores fundamentais à formação de cidadãos críticos e conscientes de suas responsabilidades.
Portanto, convido você a lançar um olhar de autocrítica sobre as práticas de sua família que possam ter influenciado de forma positiva ou negativa a aprendizagem de seus filhos e dependentes durante o ano escolar de 2025. Chegou a hora de se fazer um balanço da vida em família que é um reflexo na vida escolar dos filhos e dependentes. Tudo o que é vivido e internalizado no ambiente familiar, é externalizado no ambiente escolar e em outros espaços sociais.
Esse é o momento ideal para – em família – revisitar rotinas, diálogos, acompanhamentos e ausências; de reconhecer o que realmente funcionou e o que poderia ter sido diferente. A honestidade e a praticidade são essenciais nessa avaliação. Esse movimento em família é educador, pois os filhos crescerão aprendendo na prática que sempre é possível, e necessário, fazermos uma autocrítica de nossa forma de agir e pensar. E mais, que é possível fazermos correção de rotas sempre que a desejarmos.
É importante que a família tenha clareza nesse processo de autoavaliação sobre o que foi positivo, o que foi negativo e o como melhorar para o próximo ano. Mais do que analisar notas ou resultados, trata-se de refletir sobre como a família participou – ou deixou de participar – do processo educativo de seus filhos durante o ano de 2025. É fundamental que algumas questões sejam respondidas durante o diálogo em família, tais como: Estivemos presentes a cada dificuldade apresentada pelos filhos e dependentes? Celebramos as vitórias, as conquistas, os avanços ainda que pequenos? Possibilitamos um ambiente favorável para a aprendizagem em nosso convívio familiar? Orientamos sobre a importância da rotina, da organização, do planejamento, do foco e da disciplina para uma boa aprendizagem?
Essas perguntas abrem possibilidades de compreensão por parte da família de que educar deve ser um processo contínuo e conjunto que exige intencionalidade e afeto. Essa autocrítica não deve ser vista ou sentida como culpa, mas sim, como uma oportunidade de fortalecer vínculos e reorganizar as práticas familiares para o ano ou os anos seguintes.
Quando a família se dispõe a olhar para o seu ambiente de forma crítica, honesta e amadurecida ela se permite reorganizar estabelecendo quais são suas reais prioridades. Assim sendo, abre portas para o fortalecimento de sua parceria com a escola, iniciando um novo ano escolar mais consciente quanto às suas responsabilidades, estando preparada e comprometida com o desenvolvimento integral de seus filhos.
Essa valorização, para além do resultado impresso, em um boletim escolar, possibilita avanços tais como: autoconfiança, aprendizagem real e responsabilidade de seus filhos e dependentes.
Ao agir dessa forma, a confiança é restabelecida no ambiente familiar assim como a segurança emocional. A aprendizagem só acontece de forma saudável e produtiva quando o ambiente em família possibilita essas condições. Não falo de famílias perfeitas, mas sim, de famílias que conseguem dialogar de forma amadurecida, reconhecendo seus erros e acertos de forma que novos combinados e rotas sejam colocados em prática.












