No último dia 28 de agosto, participei do WhatsApp Summit, um evento que reuniu especialistas e profissionais de diferentes setores para discutir o uso estratégico dessa ferramenta que já faz parte do cotidiano de todos nós. Entre os diversos temas apresentados, um em especial me chamou a atenção: o potencial do WhatsApp como aliado nos leilões de gado.
Tenho acompanhado de perto como a tecnologia vem transformando o agronegócio brasileiro. Se antes o telefone era o principal canal de contato, hoje é no WhatsApp que se concentram as conversas, as negociações e, cada vez mais, as vendas. A simplicidade e a rapidez do aplicativo se encaixam perfeitamente às necessidades do campo: enviar vídeos dos animais, compartilhar catálogos digitais, organizar grupos de compradores e até mesmo conduzir etapas inteiras de um leilão sem que o cliente precise estar fisicamente presente.
Vejo três usos muito claros para leiloeiras e produtores:
- Antes do leilão, para divulgar informações, condições de pagamento e despertar o interesse dos compradores;
- Durante o leilão, para atualizar os lances e manter engajados aqueles que acompanham à distância;
- Após o leilão, para reforçar o relacionamento, confirmar negócios e já preparar terreno para os próximos eventos.
Esse movimento não é mais uma tendência distante, é uma realidade que começa a se consolidar. Quem souber aproveitar essa oportunidade terá mais alcance, mais liquidez nos lotes e, acima de tudo, mais proximidade com o cliente.
No Web Summit Rio, em abril de 2025, tive a oportunidade de conversar com Flavia Rosario, General Manager do Manychat. Na ocasião, ela trouxe exemplos concretos de como produtores rurais já estão utilizando o WhatsApp para ampliar sua comunicação, organizar grupos segmentados e, principalmente, impulsionar vendas. Essa visão reforça ainda mais a percepção de que o futuro dos leilões passa, inevitavelmente, pela integração entre tradição e inovação tecnológica.