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Com 66% das obras concluídas, a Rota Bioceânica já se consolidou como um importante eixo de integração para Mato Grosso do Sul. O corredor, que tem início em Porto Murtinho (MS), atravessará o Paraguai e Argentina até chegar ao Chile, oferecendo um caminho mais curto para o Oceano Pacífico e facilitando o acesso ao mercado asiático, incluindo países como China, Índia e Japão.

O corredor bioceânico foi o tema central do Seminário Internacional da Rota Bioceânica, realizado entre 18 e 20 de fevereiro, em Campo Grande. O evento também marcou a sexta edição do Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceánico, reunindo mais de 1,2 mil participantes, entre autoridades dos governos brasileiro, paraguaio, argentino e chileno.

A integração em áreas como segurança, logística e infraestrutura esteve entre os principais pontos discutidos. Durante coletiva de imprensa, o governador ressaltou os avanços obtidos a partir de estudos técnicos conduzidos por comissões especializadas e destacou o envolvimento dos estados participantes.

“Estamos avançando em uma estrutura que fará toda a diferença para esses quatro países, especialmente para os oito estados diretamente conectados à rota e todos os que, de alguma forma, se beneficiam dela”, afirmou.

O impacto econômico também foi enfatizado. “Foram quase R$ 30 milhões em negócios prospectados, que é promoção, não tem Rota pronta, não tem definição, mas uma expectativa concreta acontecendo entre os países e isso é importante […] Vai um longo tempo de consolidação até a gente enxergar todo o potencial existente entre os países”, conclui o governador. 

Prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB). Foto: Fernanda Sá

A Rota deve gerar novas oportunidades para os municípios ao longo do trajeto. Como porta de entrada do corredor bioceânico, Porto Murtinho já se prepara para um aumento no fluxo de pessoas e investimentos. O prefeito Nelson Cintra (PSDB) destacou a necessidade de estruturar a cidade para atender à demanda crescente.

“Estamos organizando a cidade para essa nova realidade. As ruas estão quase totalmente asfaltadas, e estamos criando áreas para a instalação de empresas. Quando as nações asiáticas vierem, precisarão de infraestrutura, então estamos preparando espaços para que possam se estabelecer”, afirmou.

O evento reforçou a importância da integração regional entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, abordando tanto as oportunidades quanto os desafios do Corredor Bioceânico. Com um trajeto rodoviário de 3.320 km, a rota conectará os oceanos Atlântico e Pacífico, atravessando oito territórios de quatro países: as regiões de Tarapacá e Antofagasta (Chile), as províncias de Jujuy e Salta (Argentina), os departamentos de Boquerón, Presidente Hayes e Alto Paraguay (Paraguai) e o estado de Mato Grosso do Sul (Brasil). O corredor levará diretamente aos portos chilenos de Iquique, Antofagasta, Mejillones e Tocopilla, consolidando-se como um eixo estratégico para o comércio internacional.

Texto da redação com informações do Governo MS

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