“O Homem creu nas palavras de Jesus e partiu para a sua casa” (Evangelho de João 4:50)
A fé é alicerce na vida de muitas pessoas, um conceito que transcende a razão e se manifesta na confiança inabalável em Deus.
Embora muitas pessoas associem a fé à realizações de milagres e de coisas extraordinárias, nem sempre ocorrem evidencias visíveis
Aliás, se olharmos para o episódio bíblico em que Jesus, ressurreto, aparece aos seus discípulos, segunda vez e chama Tomé, para ver a evidência de sua ressurreição, apalpando-o e verificando com os próprios olhos e em seguida o repreende dizendo: “Porque me vistes, crestes? Bem aventurado os que não viram e creram” (João 20:29)
Em contraste com a fé de Tomé, o apóstolo, vemos outro personagem, nem tão chegado à Jesus, mas que procura Jesus, em favor da cura de seu filho.
Nosso Estudo de Caso é a do oficial do rei, registrada no Evangelho de João, capítulo 4, versículos 46 a 54. Esta passagem não apenas ilustra a capacidade de Jesus de realizar milagres à distância, mas, acima de tudo, destaca a profundidade da fé de um homem que, diante da palavra de Cristo, simplesmente creu e partiu.
Ao encontrar Jesus, o oficial suplicou-lhe que descesse a Cafarnaum para curar seu filho antes que ele morresse. A resposta inicial de Jesus, “Se não virdes sinais e milagres, não crereis”, pode parecer um tanto dura, mas serve como um convite à reflexão sobre a natureza da fé. Jesus não estava negando o pedido, mas provocando uma fé que fosse além da mera busca por milagres. O oficial, no entanto, não se deteve, reiterando seu pedido com urgência: “Senhor, desce, antes que meu filho morra!” Foi então que Jesus proferiu as palavras que mudariam o destino daquela família: “Vai, o teu filho vive.” Não houve toque, não houve oração prolongada, nem mesmo a presença física de Jesus ao lado do leito do enfermo. A cura foi operada unicamente pela força da Sua palavra, proferida à distância.
A força maravilhosa deste episódio está no texto que acima este artigo:
“E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse, e partiu.”
O oficial não questionou, não pediu provas adicionais, nem exigiu que Jesus o acompanhasse. Ele simplesmente aceitou a palavra de Jesus como verdade absoluta e iniciou sua jornada de volta para casa.
Sua fé não era baseada no que ele via ou sentia naquele momento, mas na autoridade da ordem que Jesus havia falado. Ele demonstrou uma confiança plena, uma entrega total à promessa de Jesus. Partir sem ver a cura era um ato de fé radical, um testemunho de que ele acreditava que a palavra de Jesus era suficiente
Duas lições podemos tirar deste caso:
Primeiramente, ela nos ensina que a fé verdadeira não depende de evidências visíveis ou de circunstâncias favoráveis. É a confiança na palavra de Deus, mesmo quando a realidade aparente sugere o contrário.
Em segundo lugar, demonstra que a fé genuína se manifesta em ação. O oficial não ficou parado, esperando um sinal; ele agiu com base na palavra recebida. Partir foi o seu ato de fé.
Concluo, destacando que a narrativa ressalta o poder transformador da fé, que não apenas opera milagres individuais, mas também pode impactar e converter famílias inteiras. Em um mundo que frequentemente exige provas e evidências tangíveis, a história do oficial do rei nos convida a cultivar uma fé que confia na palavra de Jesus, crendo que Ele é capaz de realizar o impossível, mesmo à distância, e que Sua palavra é suficiente para trazer vida e esperança.
Deus abençoe você e sua família!