Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) estão em alta em pelo menos 13 estados e no Distrito Federal, segundo o boletim mais recente do InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O aumento tem sido impulsionado principalmente por infecções causadas por vírus sincicial respiratório (VSR), influenza A e rinovírus.
A situação é observada no Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
A SRAG é uma condição caracterizada por insuficiência respiratória aguda, geralmente provocada por infecções virais ou bacterianas. Os sintomas mais comuns incluem febre, tosse, dificuldade para respirar e baixa saturação de oxigênio no sangue. O quadro pode evoluir rapidamente, exigindo hospitalização e, em casos graves, suporte ventilatório.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
Segundo a Fiocruz, a apresentação clínica dessas infecções pode ser semelhante, o que torna importante identificar o agente causador. Entre os casos analisados, o VSR foi responsável por 56,9% das infecções, o rinovírus por 25,5% e a influenza A por 15,7%.
Veja as características dos principais vírus identificados:
- Vírus sincicial respiratório (VSR): comum entre crianças pequenas, pode causar bronquiolite e pneumonia. Os sintomas costumam ser leves no início, mas podem evoluir para quadros graves, especialmente em bebês e idosos.
- Rinovírus: principal agente do resfriado comum, circula o ano inteiro e se transmite com facilidade. Apesar de geralmente leve, pode agravar o estado de saúde em grupos vulneráveis.
- Influenza A: vírus da gripe com potencial para causar surtos sazonais. Afeta com mais gravidade idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas. A vacinação anual é recomendada.
Covid-19 ainda preocupa –
Apesar de representar apenas 3,9% dos casos de SRAG registrados, a covid-19 continua sendo responsável pela maior parte das mortes relacionadas à síndrome — 35,7% do total.
O dado reforça a necessidade de manter cuidados preventivos, mesmo após o fim do estado de emergência da pandemia. A Fiocruz recomenda o uso de máscaras em locais fechados e ressalta a importância da vacinação contra a gripe.
Com informações do Infomoney
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil