Comemorado nesta quinta-feira (16), o Dia Mundial da Alimentação traz à tona a necessidade de conscientização sobre hábitos alimentares equilibrados e sustentáveis. Instituída pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a data busca promover conhecimento sobre a alimentação adequada e seu impacto na saúde e no bem-estar.
Para a nutricionista da Água Doce Sabores do Brasil, Claudia Mulero, a educação alimentar é essencial para estimular escolhas conscientes. “A alimentação vai muito além do ato de se nutrir. Ela envolve cultura, memória afetiva e bem-estar. Quando as pessoas entendem o impacto dos alimentos no corpo e na qualidade de vida, passam a fazer escolhas mais assertivas e sustentáveis”, afirma.
Segundo Claudia, o conceito de educação alimentar não se limita a ensinar o que comer, mas busca desenvolver senso crítico e autonomia diante das opções disponíveis. “Vivemos um momento em que a praticidade muitas vezes prevalece sobre a qualidade nutricional. Por isso, é essencial promover conhecimento para que o público saiba equilibrar sabor, conveniência e saúde”, explica.
Uma pesquisa realizada em agosto deste ano pela GALUNION, empresa especializada em foodservice, indica que os consumidores brasileiros priorizam alimentos que tragam bem-estar físico e mental. Entre os produtos com apelo de saudabilidade mais consumidos ou pretendidos nos próximos 12 meses estão: itens frescos (78%), produtos para disposição e energia (68%) e alimentos para bem-estar mental e relaxamento (63%).
Alimentação equilibrada e prevenção de doenças
A educação alimentar também contribui para prevenir doenças crônicas, como obesidade, diabetes e hipertensão. Especialistas ressaltam que pequenas mudanças no cotidiano podem gerar grandes resultados na saúde e na disposição física.
Entre as práticas recomendadas estão:
- Montar pratos coloridos e variados, com cereais, proteínas, legumes, verduras e frutas;
- Dar preferência a alimentos in natura e minimamente processados;
- Reduzir o consumo de ultraprocessados, ricos em sódio, gorduras e açúcares;
- Respeitar sinais de fome e saciedade, com atenção ao corpo durante a refeição;
- Manter horários regulares para refeições, ajudando o metabolismo e reduzindo a ansiedade;
- Evitar distrações como telas durante as refeições;
- Valorizar o momento da refeição, apreciando sabores e a companhia de outras pessoas.
“Mais do que restringir alimentos, o ideal é buscar o equilíbrio. A boa alimentação deve ser prazerosa, acessível e adaptada à rotina de cada pessoa”, conclui Claudia.
O Dia Mundial da Alimentação reforça que a educação alimentar é uma ferramenta prática para melhorar hábitos, promover saúde e criar uma relação mais consciente com a comida, considerando cultura, bem-estar e sustentabilidade.
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