“…o pai do menino exclamou: “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!” – (Marcos 9:24)
Minha Gente Querida
Quem nunca teve um momento na vida em que sentiu que faltou a fé?
Usando uma expressão bíblica, aquele que nunca vacilou ou titubeou na fé, que atire a primeira pedra.
Existem situações na vida que parecem nos colocar em uma situação de extrema fragilidade, que fazem os problemas se avolumarem e nos fazem temer pelo resultado. Nestas ocasiões, o maior arrimo que se pode ter, que é a fé, parece faltar.
Na verdade, quase todas as pessoas, em algum momento da vida se sentiram fragilizadas, por falta de fé.
É bom que se diga, que falta de fé é sempre temporária, porque se for contínua, a pronúncia certa é não ter fé.
Às vezes a fé falta por não termos a visão completa do quadro em que a gente se encontra…
Às vezes a fé falta porque queremos resultados imediatos e não se tem a devida paciência em aguardar….
Às vezes a fé falta, porque queremos nós mesmos resolver todos os problemas….
E muitas vezes a fé falta quando envolve profundamente nossos sentimentos ou emoções.
O Estudo de caso de hoje narra a história de um Pai desesperado pela cura do filho.
Provavelmente já tinha despendido muitos recursos e recorrido a muitas instituições e pessoas pela cura do filho, mas o problema não só persistia, como aumentava a cada dia.
Nos passos deste Pai angustiado, podemos tirar algumas lições.
O seu filho possuía uma doença que parecia epilepsia, com demência, mas também parecia de natureza espiritual. Ele sofria crises e ataques terríveis que o jogavam no chão na água e às vezes no fogo.
Era impossível viver o tempo todo sob aquela tensão.
O Pai procura Jesus e recebe uma palavra desafiadora de Jesus;
Em primeiro lugar, a dramaticidade da situação:
“…E muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.” – (Marcos 9:22)
O caso era grave e urgente. A qualquer momento o filho poderia morrer em uma daquelas crises.
Em segundo lugar, em meio a dor e o sofrimento e provavelmente, mesmo crendo que Jesus tem sim todo o poder, o pai titubeia e diz: “…se tu podes fazer alguma coisa….”
Ele, pelo simples fato de ter ido a Jesus, demonstra que Ele tinha fé que Jesus podia curar seu filho. Ele ouvira inúmeras vezes que Jesus tinha curado crianças, jovens, adultos e por isso foi em busca por seu filho.
Mas na hora agá, a fé faltou : “Se podes”, é uma dúvida razoavelmente grave, porque estava ligada exatamente na questão se Jesus tinha ou não poder.
Em terceiro lugar – mesmo vivendo um momento profundamente tenso em suas emoções e sentimentos, Ele ora, Ele clama.
“…tem compaixão de nós e ajuda-nos”
A oração é algo extraordinário. Em qualquer circunstância devemos orar e até quando a fé falta devemos orar.
Embora o pai tenha dito “Se podes”, ao mesmo tempo ele disse: “ajuda-nos!”
Em quarto lugar – Jesus, de alguma forma reaviva a fé deste pai sofredor, lembrando, à partir de sua própria expressão, a importância de se ter fé, mesmo quando não se tem fé.
“E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê.”
Jesus afirma, a questão não é se Eu posso fazer, mas se tu podes crer, porque se você crer, tudo é possível ao que crê.
A falta de fé deve ser combatida na oração. Mesmo enfraquecido na fé, por conta situação o homem orou e Jesus o atendeu, primeiramente, desafiando sua fé e o fazendo reconhecer a fé é um processo de mão dupla.
Em quinto lugar – O Homem cai em si, reconhece sua fragilidade e ora objetiva e humildemente:
“Eu Creio, ajuda-me em minha falta de fé”
Este fato se encerra quando Jesus ajuda o homem a crer em resposta à sua oração.
Esta confissão = falta de fé, foi a chave que virou todo o rumo da sua vida.
Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé, deve ser uma oração recorrente.
Muitas vezes cremos, mas titubeamos diante de fatos e situações. Precisamos reconhecer e orar: Ajuda-me Senhor!
Houve a cura e a libertação do Jovem, mas houve também a cura das emoções e da fé daquele Pai.
É assim que Deus age. Que Ele mesmo nos abençoe!