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Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul se reuniram com o governador Eduardo Riedel (PSDB) e integrantes da equipe do Executivo para discutir o edital de uma Parceria Público-Privada (PPP) que deve ser implantada no Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande. O leilão está previsto para ocorrer em dezembro de 2025, segundo o governo.

O modelo proposto prevê que uma empresa privada assuma, por 30 anos, a gestão de serviços não assistenciais da unidade hospitalar — modelo conhecido como “bata cinza”. Estão incluídos nessa categoria setores como recepção, portaria, vigilância, lavanderia, limpeza, jardinagem, nutrição, manutenção predial, engenharia clínica, Central de Material Esterilizado (CME), logística de almoxarifado e farmácia, transporte interno de pacientes, necrotério, tecnologia da informação, fornecimento de água, energia e gases medicinais, além da entrega de insumos hospitalares.

A reunião, realizada a portas fechadas na Sala da Presidência da Assembleia Legislativa, foi conduzida pelo presidente da Casa, deputado Gerson Claro (PP). O encontro teve o objetivo de esclarecer dúvidas dos parlamentares sobre o modelo proposto e seus impactos.

“Foi garantido que o Hospital Regional permanecerá como hospital público, com atendimento SUS, 100% gratuito e gestão assistencial estadual. O Estado ainda vai fazer o aporte, ou seja, você dobra a capacidade de atendimento e ainda melhora a eficiência”, disse Claro, em coletiva à imprensa.

Ampliação da estrutura
O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, apresentou os principais pontos do projeto. O Hospital Regional conta atualmente com uma área de 37 mil m², distribuída em 10 pavimentos, com 362 leitos e atendimento em 46 especialidades médicas.

Segundo Corrêa, com a participação da iniciativa privada, a estrutura será ampliada com a construção de dois novos blocos. A capacidade passaria para 577 leitos, aumento de 59%. O pronto-socorro, que hoje tem 22 leitos, deve chegar a 77. O estacionamento também será ampliado, com previsão de 753 vagas. O investimento inicial estimado é de R$ 951 milhões.

Ainda nesta quarta-feira (4), o Executivo protocolou o Projeto de Lei 140/2025 na Assembleia Legislativa. A proposta busca reforçar a segurança jurídica de parcerias público-privadas no setor da saúde no estado.

Liberação de emendas
Durante a reunião, também foi anunciada a liberação de R$ 35 milhões em emendas parlamentares.

“Já está marcado para o dia 11 de junho a primeira liberação das emendas Fundo a Fundo. As que são da Saúde deverão ser todas pagas. Comemoramos isso com os municípios, momento importante de receber, o dinheiro que vem contribuir e muito, todos precisam de recursos, especialmente para a Saúde. Fizemos um acordo de liderança para que o projeto esteja votado até 17 de julho, acredito que não vamos ter problemas de emendas ou tramitação até essa data”, afirmou Gerson Claro.

Questionamentos sobre terceirização
Logo após a reunião, durante a sessão plenária, a deputada Gleice Jane (PT) levantou preocupações em relação aos trabalhadores terceirizados.

“A gente não teve a mesma oportunidade de debate com as privatizações em Dourados, com as OS. Fiz essa pergunta e não fui respondida, porque temos diversos depoimentos de prestadores de serviço que não recebem salário, a empresa fale, não tem responsabilidade sob essas pessoas. Isso é precarização do trabalho. Se não tem humanização e valorização não tem também no tratamento às pessoas. Deixo aqui minha indignação”, afirmou.

Com informações da Agência ALEMS
Foto: Luciana Nassar

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