A notícia da taxação de até 50% sobre produtos agropecuários brasileiros pegou muita gente de surpresa. Exportadores, indústrias, importadoras e até consumidores americanos tentam agora entender o real impacto da medida, que entra em vigor no dia 1º de agosto.
Mas se o momento exige atenção, ele também abre espaço para ação e reinvenção.
É justamente nas crises que o agronegócio brasileiro mais demonstrou sua resiliência. E agora, não será diferente. O setor já viveu inflação, embargo sanitário, seca, pandemia, e sempre encontrou uma forma de continuar crescendo. Por quê? Porque sabe se adaptar.
Diante da nova tarifa, a melhor resposta é virar o leme com estratégia, tecnologia e inteligência comercial.
A oportunidade de olhar para dentro
Por décadas, o foco das exportações foi externo. Mas com o novo cenário, o Brasil tem a chance de olhar para o mercado interno com mais carinho e visão estratégica.
A carne brasileira, por exemplo, é referência mundial. E se parte da produção não for mais absorvida pelos Estados Unidos, há uma nova possibilidade de reposicioná-la para consumidores brasileiros e para novos mercados na América Latina, África e Ásia.
A chave está em comunicar valor, ampliar a presença digital e construir canais próprios de venda.
O agro conectado é mais forte
Hoje, ferramentas como tráfego pago, anúncios segmentados e automação comercial permitem que produtores e indústrias dialoguem diretamente com quem compra — seja um supermercado, uma hamburgueria, um distribuidor ou até o consumidor final.
Com um celular na mão e uma campanha bem feita, é possível atingir públicos qualificados, abrir novos canais de venda e manter o giro da produção.
Mais do que nunca, o agro precisa mostrar sua cara, contar sua história e valorizar o que produz. E isso se faz com estratégia digital, com campanhas bem direcionadas e com posicionamento de marca forte.
Uma indústria que não para
A reorganização já começou. O redirecionamento de cargas, as reuniões com novos parceiros comerciais e as estratégias de diversificação mostram que o agro não está paralisado — está se movendo.
E neste movimento, o marketing tem papel fundamental: trazer visibilidade, gerar relacionamento e manter a confiança do mercado.
Essa crise vai passar. E quem investir em marca, presença e inteligência agora, vai sair na frente quando a tempestade acalmar.
Plantar esperança é estratégia
A decisão unilateral dos EUA é um obstáculo. Mas não é o fim da linha. É apenas um novo ponto de partida.
O agro brasileiro já mostrou que é gigante no campo. Agora, é hora de ser gigante também na comunicação.
A boa notícia é que as ferramentas estão aí. O produtor que entender isso e agir rápido vai colher mais do que nunca: vai colher independência, reputação e novos mercados.