Ao ouvir Martin Urrutia, da LEGO, e Javier Quiñones, da IKEA, durante a NRF2025, ficou evidente que estamos testemunhando um renascimento do varejo físico. O que antes era visto como um simples ponto de venda está se transformando em um centro de experiências, conexão e propósito. O que essas duas marcas icônicas estão fazendo vai além de estratégias de vendas; elas estão redefinindo o que significa ser relevante em um mercado saturado e digitalizado.
A LEGO e a IKEA são exemplos de como o varejo físico pode se reinventar e prosperar na era digital. A LEGO, com sua abordagem centrada na criatividade, transformou suas lojas em ambientes interativos onde os consumidores não apenas compram produtos, mas participam de experiências imersivas. Áreas de construção interativas, narrativas emocionantes e um apelo nostálgico ajudam a marca a se conectar com públicos de todas as idades. É uma estratégia que demonstra como uma loja pode ser mais do que um espaço comercial: ela pode ser um lugar onde a imaginação ganha vida.
Por outro lado, a IKEA mostrou como uma forte visão de sustentabilidade e inclusão pode transformar o varejo. Suas lojas não são apenas espaços para comprar móveis; elas são verdadeiros hubs comunitários, com oficinas de design sustentável, áreas de convivência e iniciativas que engajam as comunidades locais. Essa abordagem demonstra que marcas que integram valores como responsabilidade ambiental e social em suas operações conseguem estabelecer conexões mais profundas e significativas com os consumidores.
A integração de tecnologias foi outro ponto-chave discutido. Tanto a LEGO quanto a IKEA estão utilizando soluções como realidade aumentada e inteligência artificial para criar uma jornada do cliente mais fluida e personalizada. Na IKEA, por exemplo, os clientes podem usar um aplicativo para visualizar como um móvel ficaria em suas casas antes mesmo de comprar. Essa integração entre os mundos físico e digital cria uma experiência híbrida que atende às expectativas de consumidores cada vez mais exigentes.
Para os empreendedores, as lições são claras. Em primeiro lugar, o varejo do futuro precisa ser mais do que uma transação; ele deve proporcionar experiências memoráveis que inspirem e engajem os clientes. Em segundo lugar, sustentabilidade e responsabilidade social não são mais diferenciais – são expectativas dos consumidores. E, finalmente, inovar constantemente, tanto em tecnologia quanto em propósito, é essencial para permanecer relevante em um mercado em constante mudança.
Um dos aspectos mais inspiradores dessa conversa foi a ênfase na personalização e na inclusão. A LEGO e a IKEA entenderam que os consumidores de hoje valorizam marcas que se adaptam às suas necessidades únicas e celebram a diversidade. Essa abordagem não só atrai mais clientes, mas também constrói uma base leal e engajada que se sente parte da história da marca.
O que mais me impressionou foi a visão de que as lojas físicas podem ser mais do que pontos de venda; elas podem ser destinos. Quando uma loja se transforma em um local de aprendizado, entretenimento e conexão, ela deixa de competir apenas por preço ou conveniência e passa a oferecer algo muito mais valioso: uma experiência que os consumidores desejam repetir.
Em um mundo onde a conveniência das compras online parece dominar, a LEGO e a IKEA estão provando que o varejo físico tem um papel vital no futuro. Elas estão criando espaços que não apenas vendem produtos, mas que inspiram, conectam e oferecem significado. Para empreendedores e empresas, essa é uma chamada clara para ação: repensar como suas operações podem criar experiências que realmente importam.
DIJAN DE BARROS
NRF2025
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