A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) iniciou medidas preventivas para conter o avanço de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs) antes da sazonalidade dos vírus respiratórios, que se intensifica no outono e inverno. A principal estratégia adotada até o momento é a orientação da população.
Neste ano, já foram registrados 392 casos de SRAG, com 29 óbitos, sendo 17 entre idosos. Apesar da queda de aproximadamente 22% em relação ao mesmo período de 2024, a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, alerta que a situação ainda exige atenção.
“Esse número ainda é menor que o registrado no ano passado, quando foram 56 óbitos. Entretanto, não podemos considerar que é uma situação confortável, porque cada um desses óbitos é um ente querido de uma família que não o terá mais por perto”, afirmou.
Para evitar um aumento nos casos, a Sesau iniciou uma campanha educativa em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed). Segundo Veruska Lahdo, superintendente de Vigilância em Saúde e Ambiente, um dos focos da ação é alertar pais e professores sobre os sinais de alerta das doenças.
“Fizemos encartes orientativos explicando os sinais de alarme, em que casos a criança deve permanecer em casa e quando buscar uma unidade de saúde, além de expor algumas formas de prevenção a esses vírus, já que é muito comum crianças dividirem seus pertences e elevarem os riscos de contaminação”, explicou.
O material está sendo distribuído digitalmente para escolas municipais, Centros de Educação Infantil (EMEIs) e instituições particulares. Além disso, panfletos físicos serão entregues aos responsáveis com recomendações sobre manter crianças com sintomas gripais em casa e informar a escola.
A superintendente reforça a necessidade de manter práticas de prevenção, como o uso de máscaras em caso de sintomas gripais e a higienização constante das mãos.
“Todos esses vírus são transmitidos da mesma forma, por isso a importância do uso de máscaras sempre que estiver sintomático e da lavagem constante e adequada das mãos. Essa orientação deve ser sempre reforçada entre crianças e idosos, que são os públicos com maior risco de agravamento de quadros respiratórios”, destacou.
Outra ferramenta essencial é a vacinação. As 74 unidades de saúde da Capital já oferecem vacinas contra vírus respiratórios para diferentes faixas etárias. O Ministério da Saúde deve iniciar em breve a campanha de vacinação contra a Influenza, incluindo a imunização de crianças, gestantes, puérperas e idosos no calendário regular.
Quando procurar atendimento?
Sintomas como febre, tosse, dor de garganta, coriza e dor de cabeça indicam uma síndrome gripal, e a recomendação é que o paciente evite contato com outras pessoas, procure uma Unidade de Saúde da Família (USF) e use máscara.
No entanto, sinais de piora exigem atenção imediata. Caso o paciente apresente falta de ar, desconforto respiratório, coloração azulada dos lábios ou rosto, esforço para respirar, entre outros sintomas graves, ele deve ser levado a uma unidade de urgência e emergência para avaliação médica.
Com informações da Prefeitura de Campo Grande
Foto: Agência Brasil