Uma semana depois do Web Summit Lisboa 2025, o balanço é claro: o Brasil saiu maior do que entrou. A presença da ApexBrasil, do Sebrae e da diplomacia brasileira não apenas marcou posição em um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, ela abriu portas reais para inovação, internacionalização e geração de negócios, especialmente para setores produtivos como o agronegócio.
O Seminário de Internacionalização, que reuniu mais de 500 participantes e inaugurou a missão brasileira em Lisboa, provou ser mais do que uma abertura oficial: foi o pontapé que alinhou tecnologia, campo, sustentabilidade e estratégia global.
O agro entendeu o recado: o mundo está procurando o que o Brasil tem.
Ao longo da semana em Lisboa, ficou evidente que o agronegócio brasileiro tem uma oportunidade concreta diante de si.
As conversas com fundos europeus, hubs de inovação, investidores africanos e representantes de governos confirmaram a tendência: soluções sustentáveis, tecnologias verdes, agricultura digital, IA no campo e modelos de produção responsável são hoje prioridades globais.
ApexBrasil e Sebrae: os incentivos que viraram resultados concretos
Ao longo da missão, ficou visível como o trabalho da ApexBrasil e do Sebrae vai muito além de levar startups a um grande evento.
Eles atuam como estruturadores de caminho, garantindo curadoria baseada em dados, mentorias estratégicas, conexões com ecossistemas internacionais, apoio institucional em negociações, acesso a fundos e ambientes regulatórios, estratégias claras de soft landing.
Essa estrutura foi decisiva para várias empresas, inclusive para aquelas conectadas ao campo, que enxergaram em Lisboa a chance de transformar inovação produtiva em negócio global.
Primeiros frutos da missão
Os acordos assinados por startups brasileiras durante o seminário como Sintropia Cosméticos, Bio6 e WoodChat foram apenas os primeiros movimentos.
Na semana que se seguiu ao Web Summit, outras empresas iniciaram rodadas de conversas com investidores europeus e aceleradoras portuguesas, citando a ApexBrasil como peça-chave nesse processo.
Houve também aumento expressivo de interesse nas soluções brasileiras de: biotecnologia aplicada ao agro, rastreabilidade ambiental, inteligência artificial para gestão de fazendas, tecnologias regenerativas, plataformas de automação e monitoramento rural.
Se há uma conclusão após esses dias, é que a missão brasileira não foi apenas uma “participação bonita” no evento.
Foi uma construção de ponte estratégica, que posiciona o país onde ele precisa estar: na fronteira entre a inovação produtiva, a sustentabilidade e a tecnologia de impacto.
Como disse o embaixador Raimundo Carreiro durante o evento. “Aqui, a diplomacia encontra o empreendedorismo. Este é o reflexo da nossa ambição e da busca constante por novas oportunidades. Deixamos de ser uma promessa para nos tornarmos protagonistas em tecnologia. Somos a casa de mais de 20 mil startups. A internacionalização das nossas empresas inovadoras é a materialização prática da nossa diplomacia, redefinindo mercados e criando soluções que transformam realidades”, afirmou Carreiro.
Uma semana depois, essa frase ecoa ainda mais forte porque já começamos a ver os efeitos dessa convergência.
O agro no centro da agenda internacional
O setor produtivo, especialmente o agronegócio, entendeu de forma definitiva que internacionalização não é só exportar grãos, proteína ou commodities.
Internacionalizar hoje é:
- exportar tecnologia;
- exportar modelos produtivos;
- exportar soluções sustentáveis;
- participar das cadeias globais de inovação;
- conectar-se aos hubs de futuro.
E o Web Summit Lisboa 2025 mostrou que o mundo quer, e precisa, do agro brasileiro nessa posição.
Conclusão: depois do Web Summit, começa o Brasil que escala
Uma semana depois do evento, o saldo é de otimismo estratégico.
A delegação brasileira com mais de 370 empresas voltou com contatos abertos, negociações iniciadas e um novo entendimento do papel do Brasil no ecossistema global.
Mas talvez o ponto mais importante seja este: o campo brasileiro não está apenas observando a inovação, ele está fazendo parte dela, levando ciência, tecnologia e sustentabilidade para fora das fronteiras.
E com o apoio da ApexBrasil, do Sebrae e da diplomacia econômica brasileira, esse movimento tende a crescer, ganhar escala e reposicionar o agro como força tecnológica internacional.
O mundo abriu as portas e a inovação brasileira, do campo à cidade, está entrando.













