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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,4% no trimestre móvel encerrado em outubro de 2025, repetindo o menor patamar da série histórica iniciada em 2012. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No trimestre anterior, encerrado em julho, o índice havia ficado em 5,6%. Em relação ao mesmo período de 2024, quando marcou 6,2%, houve queda de 0,7 ponto percentual.

O recuo foi acompanhado pela redução do número de pessoas desocupadas, que caiu para 5,910 milhões, o menor contingente desde o início da pesquisa. A queda foi de 3,4% em relação ao trimestre anterior e de 11,8% no período de um ano. O número de trabalhadores ocupados permaneceu estável, em 102,5 milhões.

O contingente de empregados com carteira assinada voltou a bater recorde, chegando a 39,182 milhões. O nível de ocupação, proporção de pessoas ocupadas entre a população em idade de trabalhar, ficou em 58,8%.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o comportamento do mercado de trabalho explica o resultado favorável. “O elevado contingente de pessoas ocupadas nos últimos trimestres contribui para a redução da pressão por busca por ocupação e, como resultado, a taxa de desocupação segue em redução, alcançando nesse trimestre o menor valor da série histórica”, afirmou.

Setores em alta

Entre os dez grupamentos de atividades analisados pela Pnad Contínua, dois registraram expansão no trimestre: Construção, com aumento de 2,6% (mais 192 mil trabalhadores), e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que cresceu 1,3% (mais 252 mil pessoas). O setor de “Outros serviços” teve queda de 2,8% (menos 156 mil trabalhadores).

Na comparação anual, destacaram-se os grupamentos de Transporte, armazenagem e correio (alta de 3,9%, mais 223 mil ocupados) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (alta de 3,8%, mais 711 mil trabalhadores). Houve retração em “Outros serviços” e em Serviços domésticos, com queda de 5,7% no número de trabalhadores.

Informalidade estável

A taxa de informalidade ficou em 37,8%, o equivalente a 38,7 milhões de trabalhadores, repetindo o resultado do trimestre anterior e abaixo dos 38,9% de um ano antes. O número de empregados sem carteira no setor privado permaneceu estável em 13,6 milhões, mas caiu 3,9% na comparação anual.

Entre os trabalhadores por conta própria, o total ficou em 25,9 milhões, estável no trimestre, mas com alta de 3,1% em relação ao mesmo período de 2024.

Renda em alta e novo recorde na massa salarial

A massa de rendimento dos trabalhadores atingiu R$ 357,3 bilhões, o maior valor da série, com estabilidade no trimestre e alta de 5% no ano. O rendimento médio real também registrou recorde, com crescimento anual de 3,9%.

Na comparação com o trimestre de agosto a outubro de 2024, houve aumento nos rendimentos dos setores de agricultura, construção, alojamento e alimentação, administração pública, serviços domésticos e atividades financeiras e administrativas. Os demais grupamentos ficaram estáveis.

Segundo Beringuy, “a manutenção do elevado contingente de trabalhadores, associado à estabilidade do rendimento, permite os valores recordes da massa de rendimento”.

Com informações e imagem do Governo Federal

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