Com a aproximação do fim do ano e o pagamento do 13º salário, cuja primeira parcela deve ser depositada até 30 de novembro, especialistas alertam que o uso consciente do benefício pode ser decisivo para começar 2026 com as contas em dia.
Segundo Guilherme Nunes, gerente de Experiência do Cliente do Banco Mercantil, o primeiro passo é revisar o orçamento e avaliar a real situação financeira antes de decidir como aplicar o valor. “O ideal é dar um passo para trás e entender como estão as contas. Se há dívidas em aberto, priorize quitá-las, especialmente as que têm juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial. Essa é uma maneira eficaz de aliviar o orçamento e evitar novos endividamentos”, afirma.
De acordo com Nunes, uma estratégia prática é dividir o 13º salário da seguinte forma: 50% para pagamento de dívidas, 30% para despesas de início de ano, como IPVA, IPTU e material escolar, e 20% para reserva financeira ou investimentos.
A divisão, segundo o especialista, ajuda famílias a atravessarem o período de maiores gastos sem comprometer o orçamento e a criarem o hábito de poupar regularmente.
Para quem pretende usar parte do dinheiro extra nas festas ou em presentes de fim de ano, o planejamento também é essencial. “Liste as pessoas que quer presentear, defina um valor máximo e evite compras por impulso. Quando possível, prefira pagamentos à vista, isso permite negociar descontos e garante um consumo mais consciente”, orienta.
O 13º salário, criado em 1962, é pago a todos os trabalhadores com carteira assinada e representa um alívio financeiro importante no fim do ano. Para Nunes, o benefício pode ser mais do que uma renda extra se usado com estratégia.
“O equilíbrio financeiro começa com informação e pequenas mudanças de comportamento. O 13º pode ser o ponto de partida para um novo ciclo, mais estável e consciente”, diz.
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