Mato Grosso do Sul, que atualmente possui cerca de 1,8 milhão de hectares de florestas plantadas, projeta alcançar 2,5 milhões de hectares nos próximos três anos, um crescimento de aproximadamente 40% da sua base florestal, segundo estimativa do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do estado (Semadesc), Jaime Verruck.
O crescimento da base florestal está associado à adoção de práticas sustentáveis, como certificação florestal, manutenção de reservas legais e replantio após a colheita. Essas medidas atendem a padrões cada vez mais exigidos pelo mercado internacional e reforçam o compromisso das empresas com a sustentabilidade.
O aumento da área plantada tem impacto direto na economia do estado. O setor de celulose e papel envolve investimentos significativos, geração de empregos em atividades que vão do manejo florestal à produção industrial e logística, e contribui para a entrada de divisas por meio das exportações. O crescimento também fomenta serviços especializados, como certificação ambiental, tecnologias de manejo e infraestrutura logística.
No painel “Economia Verde: Como o Brasil pode transformar ativos ambientais em vantagem global”, Verruck destacou a visibilidade internacional do setor e a importância da sustentabilidade para a competitividade. Segundo ele, cerca de 92% da celulose produzida no estado é destinada à exportação, o que exige que as empresas atendam a padrões rigorosos de gestão ambiental, social e de governança (ESG).
Para os próximos anos, Mato Grosso do Sul projeta um crescimento “biológico” da base florestal, com a meta de alcançar 2,5 milhões de hectares até 2028. A expansão considerará também áreas de preservação, estimadas em pelo menos 700 mil hectares para cada grande planta industrial, garantindo a integração entre produção e conservação ambiental. O secretário Jaime Verruck apresentou essas projeções durante o evento Bracell 2030, realizado na terça-feira (21) em São Paulo.
Foto de capa: Álvaro Rezende/Secom