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O setor da construção civil e do mercado imobiliário de Campo Grande registraram avanço significativo nos últimos meses, impulsionados pelo crescimento do emprego, da renda e pela maior demanda por imóveis residenciais na capital sul-mato-grossense. A avaliação foi feita por especialistas durante o evento Café com Negócios edição “Construção e Mercado Imobiliário”, realizado na terça-feira (21), na Hyundai Campo Grande.

Segundo o Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul (Sinduscon-MS), com base no Censo Imobiliário do 2º trimestre de 2025, cerca de 70% da população do estado pretende adquirir um imóvel nos próximos dois anos. O crescimento da renda em Mato Grosso do Sul, acima da média nacional, sustenta essa demanda, com foco principal em imóveis residenciais.

Durante o evento, os palestrantes compartilharam experiências estratégicas e analisaram o cenário atual do setor. Alessandro Sisan, diretor comercial do Grupo EVO/Jooy Incorporadora, comentou sobre a transformação que o mercado imobiliário passa em Campo Grande. “Bastante produto antenado com o que há de mais moderno, e ao mesmo tempo bastante criatividade para passar por esse momento econômico que o país está”. Sisan destacou que, apesar de desafios como o custo do crédito, há sinais positivos com a tendência de queda da taxa de juros e ampliação do financiamento, fatores que estimulam o crescimento do setor. Para ele, o momento atual é estratégico tanto para incorporadoras quanto para a população, já que Campo Grande e Mato Grosso do Sul vivem uma fase de crescimento, com demanda por novos lares e oportunidades de investimento. 

Luiz Octávio Pinho, CEO do Grupo Saraiva de Rezende, complementou o debate apontando mudanças no perfil das famílias e das residências na capital. “Hoje, as famílias estão cada vez menores, mas as pessoas querem estar conectadas. A questão da mobilidade urbana tem um peso cada vez maior. Os deslocamentos, o tempo de qualidade de vida nos imóveis onde se moram. E principalmente, regiões com fácil acesso e com ampla rede de serviços vão ser cada vez mais cobiçadas e mais desejadas”, afirmou. Ele acrescentou que o crescimento da cidade, que se aproxima de 1 milhão de habitantes, e a consolidação da rede de serviços locais têm impulsionado a demanda por imóveis. Sobre a influência da rota bioceânica, Pinho comentou que ela deve acelerar ainda mais esse movimento, mas destacou que Campo Grande já vivia um momento de aquecimento intenso do mercado, com aumento da procura e expansão de empresas na região.

Sobre o crescimento do setor vertical e a inovação nos empreendimentos, Rodolfo Holsback, diretor executivo da HVM Incorporadora, destacou a crescente demanda por imóveis verticais em Campo Grande. Ele explicou que existe um déficit habitacional e que, especificamente no setor de prédios e apartamentos, há procura por imóveis que ofereçam “praticidade, conveniência e boa localização”. Holsback reforçou que acredita no crescimento do setor vertical como alternativa de moradia e investimento. Sobre o próximo lançamento da HVM, o Chakra Cachoeira, ele afirmou: “É um produto que tem um potencial muito grande para criar valor a longo prazo, porque daqui a pouco o juros baixa. Ele vai te gerar renda por muitos e muitos anos, por décadas”.

Juliano Bortoloto, sócio da Todimo Home Center S/A e do Mundo da Obra Atacarejo, também fundador do Grupo Construbrasil, abordou o impacto da taxa de juros e do financiamento imobiliário no setor da construção civil. Segundo ele, o mercado tem sofrido devido aos juros altos, mas o consumo está apenas represado, já que a demanda por reformas e melhorias nas residências continua forte, especialmente considerando o déficit habitacional no Brasil. Ele destacou que “cada obra gera emprego e movimenta o comércio local, desde materiais de construção até mão de obra” e reforçou a valorização do investimento em imóveis, afirmando que “nada traz mais dignidade e segurança para a família do que um lar”.

Sobre o potencial de crescimento do setor e oportunidades para novos investidores, Rafael Nunes, engenheiro e especialista em financiamento de terreno e construção, conhecido como “Rafael à Obra”, destacou a importância do networking e da troca de experiências proporcionadas pelo evento. Ele também comentou sobre a relevância das redes sociais para profissionais do setor, explicando que a geração de conteúdo na internet foi fundamental para captar clientes e se manter ativo durante períodos de crise, como a pandemia. Rafael observou que ainda há grande potencial de crescimento na capital. “Tem muito a crescer isso na nossa cidade ainda, mas nós temos muita área também ainda para vir loteamento. Campo Grande vai tomar uma proporção muito grande por causa da industrialização, da rota da celulose e da rota bioceânica. Então vale a pena investir na nossa cidade”, afirmou.

Segundo o fundador do Café com Negócios, Dijan de Barros, a edição de outubro teve como objetivo ampliar a visão sobre o mercado local. “Trouxemos alguns dos principais players do estado para trazer essa visão de para onde esse mercado está indo e como ele está indo. Desmistificando alguns desses grandes desafios que no passado, no presente e no futuro vão sempre estar aí. E o que fica de aprendizado é que somente as empresas que têm planejamento, organização e muita vontade é que vão vencer essa corrida que é de longa jornada”, afirmou Dijan.

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