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Não sei se você já notou, mas o número de crianças acima do peso tem aumentado consideravelmente com o passar dos anos, isso não é apenas uma impressão, pois a obesidade infantil é um problema crescente e preocupante em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de crianças com sobrepeso e obesidade aumentou significativamente nas últimas décadas, trazendo consequências graves para a saúde física e mental. Em nosso país, dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 33% das crianças entre 5 e 9 anos estão acima do peso.

Dentre os fatores que contribuem para esse cenário, a alimentação escolar desempenha um papel crucial e revela os motivos do sobrepeso, especialmente o lanche levado de casa. Muitas crianças consomem alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras, açúcares e conservantes, o que impacta diretamente no ganho de peso. Esse texto tem como objetivo discutir a influência do lanche escolar na obesidade infantil, refletir sobre o tema e sugerir estratégias para promover uma alimentação mais saudável entre as crianças.

A obesidade infantil pode ser atribuída a uma combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. A alimentação inadequada, o sedentarismo e a influência da mídia na promoção de produtos industrializados são alguns dos principais fatores que contribuem para esse problema.

As consequências da obesidade infantil são graves e podem se estender para a vida adulta. Crianças obesas têm maior propensão a desenvolver doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. Além disso, o excesso de peso pode impactar negativamente a autoestima e levar a problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.

O lanche escolar representa uma parcela significativa da alimentação infantil e pode influenciar diretamente no ganho de peso. Muitos pais optam por alimentos prontos e industrializados pela praticidade, sem considerar seu alto teor calórico e baixo valor nutricional. Entre os itens mais comuns nos lanches escolares estão, bolachas recheadas, refrigerantes e sucos artificiais, salgadinhos industrializados, bolos prontos e doces processados

A influência dos hábitos familiares também é um fator determinante na escolha dos alimentos. Pais que possuem uma alimentação desbalanceada tendem a transmitir esses hábitos aos filhos. Certa vez acompanhei o caso de uma aluna de três anos, que havia levado para a escola, a semana inteira, biscoito recheado, tipo wafer e coca cola para o lanche. Tivemos que chamar a família e orientá-los sobre os cuidados alimentares que precisariam ter com a aluna. Além disso, a publicidade voltada para o público infantil incentiva o consumo de produtos com alto teor de açúcar e gordura, dificultando a adesão a uma alimentação mais saudável.

Para reduzir o impacto negativo do lanche escolar na obesidade infantil, é essencial que pais e escolas incentivem escolhas mais saudáveis. Algumas estratégias incluem: Educação alimentar, promover palestras e atividades educativas para conscientizar crianças e pais sobre a importância da alimentação saudável. Sugestão de lanches saudáveis, oferecer opções práticas e nutritivas, como frutas, sanduíches naturais, iogurtes sem açúcar e sucos naturais. Participação ativa da escola, criar projetos de incentivo à alimentação saudável, como restrição de produtos ultraprocessados e promoção de feiras de alimentação saudável. Envolvimento dos pais, incentivar os responsáveis a prepararem lanches mais equilibrados e variados, mais frutas e evitando produtos industrializados.

A obesidade infantil é um problema de saúde pública que exige a atenção de pais, educadores e gestores escolares. O lanche levado para a escola tem um impacto significativo no peso e na saúde das crianças, e pequenas mudanças nos hábitos alimentares podem fazer uma grande diferença.

Portanto, é fundamental investir em educação alimentar e promover projetos pedagógicos que incentivem escolhas mais saudáveis, garantindo que as crianças cresçam com qualidade de vida e prevenindo problemas de saúde futuros. Muitos pais pensam em deixar uma poupança, um seguro de vida, uma casa e bens que de algum modo beneficiem a vida dos filhos no futuro. Qual tal investir da mesma forma na saúde deles? Afinal a maior riqueza de um adulto é a saúde.

Os artigos publicados são de responsabilidade dos colunistas e não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Total News

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Marcos de Amorim

Marcos de Amorim é formado em pedagogia, tem MBA em Gestão de Negócios Aplicada à Educação, é mestrando em Educação. Trabalha há 11 anos na Educação Adventista. Foi Professor, Coordenador Disciplinar, Orientador Educacional e está como Diretor há 6 anos.
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