O ano de 2024 foi o mais quente da série histórica em Mato Grosso do Sul, segundo dados divulgados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec). Desde o início dos registros em 1994, nenhuma outra medição alcançou temperaturas tão elevadas no estado.
A máxima do ano foi registrada em Aquidauana, onde os termômetros chegaram a 43,7°C no dia 7 de outubro. No total, 14 municípios monitorados pela rede de meteorologia do Cemtec superaram os 40°C ao longo de 2024. A média anual de temperatura no estado foi de 26,1°C, quase dois graus acima do padrão observado nas últimas duas décadas, que é de 24,5°C.
O aumento nas temperaturas foi sentido de maneira mais ampla em comparação a 2023, quando 12 municípios tiveram máximas acima dos 40°C.
Apesar do calor recorde, o inverno de 2024 também foi rigoroso em Mato Grosso do Sul. As temperaturas caíram abaixo de 10°C em 20 cidades, sendo registradas mínimas negativas em Iguatemi (-0,2°C, no dia 11 de agosto) e Rio Brilhante (-0,3°C, em 26 de agosto).
O inverno de 2023, por sua vez, havia sido menos intenso, com mínimas abaixo de 10°C em 15 municípios e o menor registro ficando em 1,6°C, também em Rio Brilhante, no dia 15 de julho.
Além das temperaturas extremas, o ano de 2024 foi marcado pela seca. Apenas um dos 18 pontos monitorados pelo Cemtec, localizado em Bataguassu, registrou chuva acima da média histórica por apenas 33 milímetros.
Em comparação, o ano de 2023 apresentou um cenário menos grave, com metade dos pontos monitorados registrando precipitações acima da média histórica.
Os dados reforçam as preocupações com as mudanças climáticas, que têm causado efeitos cada vez mais severos na região. Especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas que diminuam os impactos do aquecimento global e promovam maior resiliência climática.
Com informações e imagem do Governo de Mato Grosso do Sul
