Um levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), revela que os supermercados brasileiros enfrentam dificuldades para preencher vagas em oito das dez ocupações mais demandadas do setor. Juntas, essas funções representam 70% da força de trabalho dos supermercados.
As funções com maior escassez de trabalhadores são: operador de caixa, padeiro, açougueiro, embalador, repositor de mercadorias, atendente de loja, vendedor e auxiliar de serviços de alimentação.
Entre os principais fatores que explicam esse cenário está a baixa taxa de desemprego no país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil foi de 6,5% no trimestre de novembro a janeiro de 2025, o menor índice registrado para o período desde o início da série histórica.
Além disso, algumas das funções citadas exigem qualificação técnica, o que restringe o número de candidatos aptos. Paralelamente, muitos jovens, que tradicionalmente ingressariam no mercado de trabalho por meio dessas ocupações, têm optado pelo setor informal, que oferece maior flexibilidade de horário. Isso agrava a escassez de mão de obra até mesmo para cargos com menor exigência de qualificação.
Outro dado apontado pelo levantamento da CNC é que seis a cada dez empresas do setor supermercadista enfrentam dificuldades não apenas para contratar, mas também para reter funcionários em seus postos.
- Foto de capa: Tânia Rêgo
