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Em uma tentativa inédita de combater a crise demográfica que o país enfrenta – a população diminuiu pelo terceiro ano consecutivo, a China anunciou um programa nacional de apoio à natalidade.

O programa garantirá às famílias elegíveis um pagamento anual de 3.600 yuans (cerca de R$ 2.700) por cada criança menor de três anos.

Ou seja, ao longo dos três primeiros anos de cada filho, os pais receberão aproximadamente R$ 8.500. Segundo o governo, o valor será isento de imposto de renda e não afetará a participação em outros benefícios sociais.

O contexto histórico
Nas últimas décadas, a China passou por uma transição demográfica marcada por forte redução nas taxas de fecundidade. A política do filho único, instituída em 1979, foi eficiente para conter o crescimento populacional, mas gerou consequências, como o envelhecimento da população e a redução da força de trabalho.

Segundo o Banco Mundial, a taxa de fecundidade atual é de aproximadamente 1 filho por mulher, um dos níveis mais baixos do mundo.

Para que uma sociedade mantenha sua população estável, são necessários, em média, 2,1 filhos por mulher, número bem acima da realidade chinesa. Na prática, fatores modernos como altos custos urbanos, competição profissional e mudanças culturais desestimulam a maternidade precoce.

Como isso afeta a saúde?
Com a mudança no perfil etário do país, é natural que o fenômeno gere algumas consequências para a saúde da população.

O envelhecimento progressivo aumenta a prevalência de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e câncer, exigindo mais gastos e infraestrutura hospitalar.

Famílias menores tendem a ter menos cuidadores disponíveis para idosos dependentes, o que aumenta os problemas de isolamento social.

Por fim, o cenário ameaça o sistema previdenciário, aumentando a pressão sobre os trabalhadores ativos, que precisam sustentar uma proporção crescente de idosos.

De modo geral, a queda das taxas de natalidade é um fenômeno global — e o Brasil caminha para enfrentar o mesmo desafio. Para contornar esse cenário, governos têm recorrido a políticas de incentivo que estimulam a decisão das famílias de ter filhos.

Informações da Health Times
Foto: Freepik

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