Focos de calor também caem; Pantanal registra a maior redução entre os biomas
O Brasil registrou queda de 65,8% nas áreas queimadas de janeiro a junho de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. O total caiu de 3,1 milhões de hectares para cerca de 1 milhão neste ano, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da UFRJ.
O levantamento também identificou uma redução de 46,4% nos focos de calor, que passaram de 35.938 nos primeiros seis meses de 2024 para 19.277 no mesmo período de 2025, de acordo com o Sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Trata-se do menor número de focos desde 2018.
A queda foi observada em quatro dos seis biomas brasileiros. O Pantanal apresentou o recuo mais acentuado, com redução de 97,8% na área queimada — de 607,9 mil hectares em 2024 para 13,4 mil hectares neste ano. O número de focos de calor também caiu 97,6%, de mais de 3,5 mil para apenas 86 registros.
Na Amazônia, a área afetada caiu 75,4%, com 247,9 mil hectares queimados em 2025, frente a mais de 1 milhão no ano anterior. Os focos de calor na região diminuíram de 13.489 para 5.169, queda de 61,7%.
A Mata Atlântica teve redução de 69,7% na área queimada e de 33,3% nos focos de calor. O Cerrado, por sua vez, apresentou queda de 47% nas áreas atingidas por fogo (de 1,3 milhão para 724,6 mil hectares) e de 33,1% nos focos de calor (de 13.229 para 8.854).
A Caatinga e o Pampa foram os únicos biomas a registrar aumento nos dois indicadores. Na Caatinga, as áreas queimadas subiram de 34,4 mil para 38,3 mil hectares, e os focos de calor passaram de 1.632 para 2.161. No Pampa, a área atingida pelo fogo foi de 7,1 mil para 11,5 mil hectares, com aumento de focos de calor de 123 para 388.
Com informações e imagem do Governo Federal