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As altas temperaturas registradas no Brasil nos primeiros meses de 2025 impactam diretamente o aprendizado de crianças e adolescentes. No entanto, entre as cinco regiões do país, o Centro-Oeste apresentou os melhores índices de resiliência climática nas escolas, segundo pesquisa do Instituto Alana, em parceria com a Fiquem Sabendo e o MapBiomas.

O estudo “O acesso ao verde e a resiliência climática nas escolas das capitais brasileiras” analisou 20.635 instituições de ensino públicas e privadas, de educação infantil e fundamental, para avaliar sua exposição a ilhas de calor. Nenhuma das capitais do Centro-Oeste figurou entre as 20 com maior proporção de escolas em áreas com temperaturas acima da média urbana. Brasília (DF) ocupou a 21ª posição no ranking nacional, com 6,5% de suas escolas em ilhas de calor. Goiânia (GO) apareceu em 22º lugar (5,21%), seguida por Campo Grande (MS), em 23º (3,54%), e Cuiabá (MT), na 24ª colocação (1,81%).

Em contraste, o estudo revelou que em um terço das capitais brasileiras ao menos metade das escolas está localizada em áreas que registram até 3,5ºC a mais na temperatura de superfície em relação à média urbana. A falta de áreas verdes e a urbanização desordenada são apontadas como fatores determinantes para a elevação das temperaturas nas escolas. O levantamento mostra que 78% das instituições mais quentes não possuem áreas verdes ou têm menos de 20% de cobertura vegetal. Entre as escolas de educação infantil, o índice é ainda mais preocupante: 43,5% não contam com qualquer tipo de vegetação.

A exposição prolongada ao calor extremo afeta diretamente o desempenho escolar, reduzindo a capacidade de concentração e comprometendo o aprendizado. Em casos mais severos, aulas precisam ser suspensas, prejudicando o calendário escolar. Além disso, o calor excessivo pode causar problemas de saúde, como desidratação, dificuldades para dormir e impactos na saúde mental das crianças.

Para mitigar os efeitos das altas temperaturas, a pesquisa recomenda a adoção de soluções baseadas na natureza, como o plantio de árvores e a criação de áreas verdes dentro e no entorno das escolas. Além disso, sugere a implementação de medidas para melhorar o conforto térmico, como a utilização de materiais isolantes, telhados reflexivos e ventilação cruzada. A adaptação dos horários escolares para privilegiar atividades ao ar livre nos períodos mais frescos do dia também está entre as estratégias indicadas para reduzir os impactos do calor extremo no ambiente escolar.

  • Com informações da assessoria do Alana
    Foto de capa: Freepik

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