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Mesmo com redução expressiva de queimadas em 2025, o governo de Mato Grosso do Sul mantém em atividade a Operação Pantanal, coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS). O objetivo é reforçar a prevenção e o combate a incêndios florestais em todos os biomas do Estado.

De acordo com o subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental, major Eduardo Teixeira, o foco principal é manter equipes preparadas para resposta rápida. “O Corpo de Bombeiros atua especialmente no contexto de prevenção e proteção, justamente buscando uma resposta efetiva e rápida para evitar a propagação dos incêndios. Além das equipes posicionadas na região do Pantanal, nas bases avançadas e nos quartéis da região, nós mobilizamos outras equipes nas regiões de Cerrado e Mata Atlântica, com material extra, viaturas extras e efetivo empregado, com o objetivo de melhorar a qualidade da resposta”, afirmou.

No Pantanal, a área queimada caiu 98,8% entre 1º de janeiro e 13 de agosto deste ano, em relação ao mesmo período de 2024. O número passou de 805,8 mil hectares para 13,5 mil. “As condições climáticas nesse ano estão mais positivas, e são menos favoráveis à propagação das chamas, especialmente pela ausência, até o presente momento, de ondas de calor, que aceleram muito a propagação das chamas num momento específico. O Corpo de Bombeiros permanece alerta, pronto para atuar”, disse Teixeira.

No Cerrado, a área atingida caiu de 79,4 mil hectares para 31,7 mil (-61,2%). O número de focos de calor também reduziu de 1,8 mil para 702. Em todo o Estado, os registros passaram de mais de 5,5 mil em 2024 para apenas 89 em 2025, segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).

Para o meteorologista do Cemtec, Vinícius Sperling, o cenário favorável se deve ao clima mais ameno deste ano. “A queda na quantidade de focos de calor e incêndios é muito expressiva em todos os biomas. Isso ocorreu devido às chuvas mais distribuídas em 2025 em relação a 2024, que ajudaram nesse cenário mais favorável. Outro ponto fundamental é a não ocorrência de ondas de calor como as registradas no ano passado, que foi muito mais quente e seco do que 2025 até agora. As ondas de calor são preponderantes para o início e rápida propagação dos focos de calor”, explicou.

Ele acrescenta que as temperaturas médias também foram determinantes. “A análise mostra que entre junho e julho de 2024, as temperaturas ficaram 1°C a 3°C acima da média. Enquanto no mesmo período deste ano, de forma geral, as temperaturas ficaram entre -0,5°C a -1,0°C abaixo da média. Foi um inverno mais quente que o normal em 2024 e um inverno mais frio que o normal em 2025. O secamento do Pantanal, por exemplo, é menos acentuado em temperaturas mais frias quando comparadas com temperaturas acima ou muito acima da média”, disse Sperling.

A Operação Pantanal 2025 está ativa há 230 dias e mobiliza atualmente 111 bombeiros. Até agora, foram realizadas 197 ações de combate a incêndios, 32 formações de brigadas comunitárias com 762 pessoas capacitadas e 484 monitoramentos de eventos de fogo.

O major Teixeira destaca que a descentralização do trabalho, com reforço em cidades estratégicas, é essencial para reduzir o tempo de resposta. Quartéis em Dourados, Maracaju, Corumbá, Miranda, Três Lagoas, Aparecida do Taboado, Campo Grande, Nova Andradina, Coxim e São Gabriel do Oeste foram ampliados, além das guarnições em bases avançadas como Amolar, Redário, Lourdes e Coimbra. “Nós estamos com uma estrutura proporcional ao risco que nós observamos de incêndio. Então hoje nós temos mais de 100 militares prontos para atender as ocorrências, mobilizados nesse contexto de incêndio florestal”, concluiu.

Com informações e imagem do Governo de Mato Grosso do Sul

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