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A Operação mobiliza PMA e Imasul para proteger áreas sensíveis do Pantanal e de outras regiões do estado, com tecnologia e fiscalização rápida para reduzir danos ambientais e responsabilizar infratores.

A Polícia Militar Ambiental (PMA), em parceria com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), intensificou a fiscalização contra queimadas ilegais no estado por meio da Operação Focus. Iniciada em 1º de agosto, a ação segue até 30 de novembro, com extensão até 31 de dezembro nas áreas do Bioma Pantanal, onde o período crítico de incêndios costuma se prolongar devido à combinação de clima seco e vegetação sensível. A iniciativa tem como objetivo não apenas responsabilizar infratores, mas também prevenir danos ambientais e preservar ecossistemas estratégicos para a biodiversidade e para a economia local.

O chefe de operações da PMA, capitão André Leonel, afirmou que o principal diferencial da operação é a rapidez na resposta, que permite às equipes chegar aos locais ainda com o fogo ativo. Segundo ele, a estratégia concilia inovação tecnológica e agilidade no atendimento, garantindo que denúncias e alertas de focos de calor se transformem rapidamente em ação efetiva. Esse modelo aumenta a chance de flagrante e aplicação das sanções previstas na legislação ambiental, além de reduzir os impactos das queimadas sobre a vegetação nativa e propriedades vizinhas.

A Operação Focus utiliza relatórios e alertas georreferenciados fornecidos pelo Imasul, que identificou cerca de 500 focos de queimadas sem autorização ambiental apenas entre janeiro e julho deste ano. Com base nessas informações, a PMA realiza vistorias técnicas em propriedades rurais, valida áreas degradadas, registra imagens, delimita geograficamente os locais afetados e aplica autos de infração, termos de embargo e notificações. Ao todo, 26 subunidades da corporação funcionam como postos avançados, permitindo o deslocamento rápido das equipes e a centralização das denúncias, o que garante maior efetividade na fiscalização.

Entre 1º de agosto e 9 de outubro, a PMA realizou 120 vistorias, lavrou 30 autos de infração e aplicou multas que somam R$ 34 milhões, referentes a uma área autuada de 9.498 hectares. Um dos casos mais recentes ocorreu em Bodoquena, quando uma queimada controlada de folhas secas saiu do controle devido a ventos fortes, atingindo 194 hectares, dos quais 120 hectares correspondiam a vegetação nativa, e se espalhando por 22 propriedades vizinhas. O responsável pelo incêndio recebeu multa de R$ 1,4 milhão, e o caso foi registrado em boletim de ocorrência para apuração civil e criminal. Equipes do Prevfogo e do Corpo de Bombeiros atuaram no combate às chamas, mostrando a integração entre órgãos no enfrentamento de incêndios florestais.

A PMA reforça que o uso do fogo sem autorização é proibido, sobretudo durante o período de estiagem, quando o risco de propagação aumenta significativamente. Produtores rurais e a população em geral devem adotar práticas seguras de manejo e denunciar atividades suspeitas, colaborando não apenas com a aplicação da lei, mas também com a preservação de ecossistemas estratégicos, a manutenção da biodiversidade e a prevenção de prejuízos econômicos decorrentes das queimadas.

Foto de capa: Polícia Militar Ambiental

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