O Brasil voltou a ser considerado livre da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), após cumprir o protocolo internacional de 28 dias sem registro de novos casos em granjas comerciais. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (18) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em comunicado enviado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Com o fim do chamado período de vazio sanitário, o país se autodeclarou livre da doença e iniciou o processo de notificação aos países que impuseram restrições temporárias às exportações de produtos avícolas brasileiros. A expectativa do governo federal é de que o comércio internacional seja retomado gradualmente nos próximos dias.
O único caso de gripe aviária em criação comercial no país foi confirmado no dia 22 de maio, em uma granja no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Após a desinfecção do local, foi iniciado o período de controle sanitário previsto nos protocolos internacionais.
“Não se comemora uma crise, mas é preciso reconhecer a robustez do nosso sistema sanitário, que respondeu com total transparência e eficiência”, afirmou, em nota, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “Contivemos o foco e agora avançamos com responsabilidade para uma retomada gradativa do comércio exterior, mostrando a força do serviço sanitário brasileiro”.
A gripe aviária afeta principalmente aves, mas também já foi identificada em mamíferos, como bovinos. A transmissão ocorre pelo contato com animais infectados, água ou materiais contaminados. Segundo o Mapa, não há risco no consumo de carnes e ovos, desde que sejam devidamente preparados. Casos em humanos são raros.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e a recuperação do status sanitário é considerada estratégica para manter a confiança do mercado internacional e preservar empregos no setor.
Com informações e imagem da Agência Brasil