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Apoiadores de Bolsonaro, políticos de Mato Grosso do Sul reagem com críticas à operação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira (18), que impôs medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo uso de tornozeleira eletrônica e proibição de uso das redes sociais.

O deputado federal Marcos Pollon (PL) considera a operação como “ditadura escalonada”. “É a ditadura escalonando. Trump foi muito específico no que ele colocou em relação à perseguição a Bolsonaro. E então a ditadura escala mais um pouco. Eles vão prender qualquer pessoa a qualquer momento, sem nenhuma justificativa”, disse.

Pollon também questionou a possibilidade de haver eleições no próximo ano. “Vejo muita gente preocupada com a eleição de 2026. Vocês têm certeza que, no andar da carruagem, vai ter eleição ano que vem? Ou vai ter oposição para disputar a eleição?”, afirmou. 

Já o deputado Rodolfo Nogueira (PL) afirmou que houve uma “afronta direta” do ministro Alexandre de Moraes ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem manifestado apoio a Bolsonaro. “Mais uma perseguição implacável do ministro Alexandre de Moraes e agora afrontando o presidente Donald Trump, que passou a semana inteira nas suas entrevistas e nas suas redes sociais defendendo o presidente Bolsonaro e pedindo o fim da perseguição”, disse.

Nogueira também classificou a busca e apreensão como desnecessária. “O presidente Bolsonaro já tinha entregado o passaporte”, declarou.

Também se manifestou o deputado federal Luiz Ovando (PP), que criticou o que considera uma acusação “tendenciosa” contra o ex-presidente. “Só alguém transtornado do ponto de vista cognitivo vai poder aceitar esse tipo de situação. O que Bolsonaro tem defendido é exatamente a justiça, que as coisas caminhem por um processo judicial adequado. E isso não tem acontecido”, disse.

Para Ovando, há um desequilíbrio entre os Poderes. “Bolsonaro vai ficar com a tornozeleira, o STF vai continuar comandando o país, infelizmente. A Câmara vilipendiada na sua estrutura existencial, porque representa o povo, e nós vamos continuar falando e acusando e mostrando que a justiça desse país só acontecerá verdadeiramente no dia em que o Senado for resgatado e assumir o seu verdadeiro papel.”

O deputado estadual João Henrique Catan (PL) também saiu em defesa do ex-presidente e classificou a operação como perseguição política.

“O que estamos vendo é mais um episódio de perseguição política disfarçada de justiça. A ordem de tornozeleira eletrônica contra um ex-presidente da República, sem que haja condenação definitiva, é uma afronta ao Estado de Direito e um claro abuso de autoridade”, disse.

O vereador de Campo Grande, Rafael Tavares (PL) considera a operação como perseguição política. “Assim que funciona em qualquer ditadura, nenhuma novidade. A escalada do regime ditatorial de Lula e Moraes terão consequências econômicas terríveis para o Brasil. Somente o Senado federal pode agir nesse momento para salvar nosso País”, disse. 

A vereadora de Campo Grande e presidente do PL Mulher, Ana Portela (PL) afirmou que o objetivo é calar, censurar e humilhar quem enfrentou o sistema. “Ele não cometeu crimes, não foi condenado e mesmo assim está sofrendo punições. Tudo isso por ter enfrentado um STF cheio de excessos. Enquanto isso, temos corruptos e criminosos soltos, aplaudindo essa perseguição”. 

Sobre a Operação

A operação desta sexta foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e teve como alvo o ex-presidente e endereços ligados ao PL. Bolsonaro deverá cumprir medidas como recolhimento domiciliar entre 19h e 7h, além de não poder se aproximar de embaixadas nem manter contato com outros investigados.

Em entrevista coletiva nesta manhã, o ex-presidente afirmou que o objetivo da medida é a “suprema humilhação”. Segundo ele, “o inquérito do golpe é inquérito político. Nada de concreto existe ali. A própria Polícia Federal não me ‘botou’ no 8 de janeiro, não tem prova de nada”.

Bolsonaro disse que foram apreendidos R$ 7 mil e US$ 14 mil, “tudo com origem”, conforme declarou. Ele também negou ter cogitado deixar o país ou buscar abrigo na Embaixada dos Estados Unidos no Brasil: “Nunca pensei em sair do país e nem ir para a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil”.

Posicionamento do PL

O Partido Liberal divulgou nota oficial em que classifica a ação da PF como “desproporcional” e afirma haver “estranheza e repúdio” quanto aos mandados cumpridos na residência de Bolsonaro e na sede da legenda.

Confira a nota na íntegra:
O Partido Liberal manifesta estranheza e repúdio diante da ação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira (18), que incluiu mandados de busca na residência do presidente Jair Bolsonaro e na sala que ocupa na sede nacional do partido. 

Se o presidente Bolsonaro sempre esteve à disposição das autoridades, o que justifica uma atitude dessa?

O PL considera a medida determinada pelo Supremo Tribunal Federal desproporcional, sobretudo pela ausência de qualquer resistência ou negativa por parte do presidente Bolsonaro em colaborar com todos os órgãos de investigação.

Reafirmamos nossa confiança no presidente Jair Bolsonaro, seu compromisso com o Estado Democrático de Direito e com a verdade. 

Valdemar Costa Neto
Presidente Nacional do Partido Liberal

  • Colaboração: Beatriz Rieger

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