O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou nesta sexta-feira (3) sua saída do cargo por meio das redes sociais, em meio à crise provocada pelas fraudes em descontos indevidos no INSS. O esquema, que pode ter afetado 4,1 milhões de aposentados e pensionistas, resultou em perdas estimadas em R$ 6,3 bilhões.
A pressão sobre Lupi se intensificou após revelações de que ele havia sido alertado sobre as irregularidades em junho de 2023, mas só adotou medidas corretivas quase um ano depois. Em nota, o ministro admitiu a demora, justificando-a pelo volume do relatório recebido e pela necessidade de troca no comando da Diretoria de Benefícios do órgão.
Apesar de negar envolvimento direto nas fraudes e afirmar que seu nome não foi citado nas investigações, Lupi não resistiu à crise política gerada pelo caso. A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal investigam os responsáveis pelos descontos indevidos, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu que os valores serão ressarcidos aos aposentados lesados.
Além de Lupi, o escândalo também levou à queda do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Para o lugar de Lupi, Lula nomeou Wolney Queiroz, ex-deputado federal (PDT-PE) e secretário-executivo da pasta. Esta é a 11ª troca ministerial no atual mandato do presidente.
Texto com informações do G1