A Pré-COP30 Oficial Bioma Pantanal, com o tema “Clima e Biodiversidade: o papel dos estados e municípios na COP30”, foi realizada nesta terça-feira (30) em Campo Grande (MS), na Faculdade Insted. O encontro integra o processo nacional de preparação para a conferência global da ONU sobre mudanças climáticas, que terá a 30ª edição em 2025, em Belém (PA).
O governador Eduardo Riedel (PSDB) participou da abertura ao lado de Renato Casagrande (PSB), governador do Espírito Santo e presidente do Consórcio Brasil Verde. Também estiveram presentes a diretora executiva da COP30, Ana Toni, o secretário executivo de Meio Ambiente de Mato Grosso, Alex Marega, e o secretário em exercício da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de MS), Artur Falcette.

Organizado pelo Consórcio Brasil Verde em parceria com o governo sul-mato-grossense e com apoio do Centro Brasil no Clima, o evento buscou valorizar a biodiversidade pantaneira e fortalecer a governança subnacional. A proposta é destacar soluções climáticas concretas implementadas nos estados do Pantanal.
“As Pré-COPs estão permitindo que a gente possa debater o tema, para que possamos também difundir e dar conhecimento ao mundo de que os outros biomas também têm tanta importância quanto o bioma amazônico”, disse Casagrande.
A preservação conjunta do Pantanal por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foi apontada como essencial. “O Pantanal tem suas características regionalizadas, mas os dois estados são afetados de forma conjunta. Então essa integração é extremamente relevante e importante para que a gente consiga realmente preservar esse patrimônio da humanidade”, afirmou Marega.
Durante o evento, foi lida a Carta do Pantanal, elaborada nos últimos seis meses com participação de diferentes segmentos da sociedade. O documento será colocado em consulta pública e, ao final da conferência, encaminhado à presidência da COP30.

Segundo Falcette, a carta busca atualizar a política ambiental brasileira, com foco em mecanismos de mercado que incentivem a preservação. “A gente quis aproveitar esse momento de diálogo com a presidência da COP30 para pedir apoio a um olhar mais moderno para a política pública de meio ambiente no Brasil, que contempla mecanismos de mercado e entende que eles são importantes para manter a preservação, especialmente no Pantanal, nos níveis atuais”, disse.
Foto de capa: Bruno Rezende/Secom
Fotos corpo da matéria: Fernanda Sá