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A Prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência neste sábado (26) devido ao aumento expressivo de casos de doenças respiratórias e arboviroses. A decisão foi tomada após reunião extraordinária com o Centro de Operações de Emergência (COE), no Paço Municipal.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), desde o início do ano foram registrados 971 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 486 confirmações e 66 mortes. Crianças menores de um ano são as mais afetadas. Entre os vírus mais detectados estão Influenza A, Rinovírus e Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

“A nossa prioridade é proteger a vida da nossa população, especialmente das nossas crianças, que são as mais vulneráveis neste momento”, afirmou a prefeita Adriane Lopes (PP). “Com o apoio do Estado, do Governo Federal e da sociedade, vamos enfrentar este desafio com responsabilidade, agilidade e união”, disse.

Entre as medidas anunciadas, o decreto de emergência, publicado em edição extra do Diário Oficial (Diogrande) sob o número 7.909, terá validade de 90 dias. A Sesau implantará plano de contingência com atendimento pediátrico 24 horas em duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) — Universitário e Coronel Antonino —, além do Pronto Atendimento Infantil do CRS Tiradentes.

Também estão previstas a reorganização de insumos, reforço de equipes, reestruturação física das unidades e ampliação da vacinação contra Influenza para toda a população, a partir deste domingo (27). A medida visa criar um bloqueio epidemiológico e reduzir a circulação viral.

“Começamos a vacinação contra a Influenza há mais de um mês e, infelizmente, vacinamos apenas um terço da população que poderia ser imunizada”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite. “Hoje não temos mais leitos disponíveis em nossa capital para internação de crianças com síndrome respiratória”, completou.

Segundo Rosana, o boletim InfoGripe da Fiocruz indica crescimento sustentado de casos em Mato Grosso do Sul, tendência que deve persistir pelas próximas quatro a seis semanas.

Com o decreto de emergência, o Pronto Atendimento Infantil do CRS Tiradentes será referência para internação de crianças enquanto novas vagas hospitalares são abertas. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) já sinalizou a criação de dez leitos em Três Lagoas e estuda ampliar a estrutura em outros municípios.

A principal preocupação das autoridades é com bebês menores de seis meses, que ainda não desenvolveram imunidade suficiente. A recomendação é evitar aglomerações e contato com pessoas com sintomas gripais.

Além da vacinação nos postos de saúde, a Prefeitura reforça a campanha “Aluno Imunizado”, levando equipes de vacinação a escolas municipais e estaduais. Na sexta-feira (25), estudantes da Escola Estadual Zélia Quevedo Chaves, no bairro Iracy Coelho, participaram da ação, que incluiu atividades educativas e a presença do personagem Zé Gotinha.

Para conter a disseminação dos vírus respiratórios, a Sesau orienta a população a manter cuidados básicos: lavar as mãos com frequência, usar máscara ao apresentar sintomas e procurar atendimento médico ao sinal de febre persistente ou dificuldade para respirar.

Com informações e imagem da Prefeitura de Campo Grande

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