Boletim mostra aumento de casos de síndrome respiratória em MS, puxados pela covid-19
Dez estados registraram aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, segundo o boletim Infogripe da Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (11).
O levantamento mostra que, em grande parte dos estados, o rinovírus tem sido o principal responsável por quadros graves, atingindo sobretudo crianças e adolescentes. Já a covid-19 aparece como um dos fatores de alta em vários locais, com maior impacto sobre adultos e idosos. A região Sul foi a única sem estados em crescimento.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 48,9% dos casos positivos foram de rinovírus; 20,8% de vírus sincicial respiratório (VSR); 15,5% de Sars-CoV-2 (covid-19); 8,3% de influenza A; e 1,8% de influenza B.
“Os casos de SRAG por influenza A e VSR continuam diminuindo em todo o país, com exceção do Amazonas, onde ainda se observa um crescimento dos casos graves por VSR nas crianças pequenas. No Distrito Federal, há um aumento de SRAG associado à influenza A e a covid-19 em jovens, adultos e idosos”, afirmou a Fiocruz.
Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e responsável pelo boletim, reforça medidas de prevenção. “Caso crianças e adolescentes apresentem sintomas de gripe ou resfriado, o ideal é permanecer em casa em isolamento ou, se precisarem sair, utilizar uma boa máscara”, disse.
Ela também destacou a importância da vacinação. “Pessoas imunocomprometidas e idosos precisam tomar doses de reforço da vacina contra a covid-19, a cada seis meses, para se manterem protegidos contra os casos graves e óbitos do vírus”, afirmou.
Situação da covid-19
De acordo com a Fiocruz, a covid-19 tem impulsionado os casos de SRAG em estados como Pará e Maranhão, além do Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
O boletim também identificou crescimento leve nas notificações de SRAG associadas à covid-19 em estados da região Centro-Sul, como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. No entanto, segundo a Fiocruz, esse aumento não tem se refletido em maior número de hospitalizações.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil