O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, passou a oferecer um tratamento inovador e não invasivo para pacientes com tremor essencial e casos selecionados da doença de Parkinson.
A técnica, conhecida como HIFU (sigla em inglês para ultrassom focalizado de alta intensidade), utiliza ondas de ultrassom guiadas por ressonância magnética para atingir de forma precisa a área do cérebro responsável pelos tremores involuntários.
O tremor essencial é um distúrbio neurológico crônico caracterizado por movimentos involuntários, geralmente nas mãos, mas que também podem afetar a cabeça, a voz ou as pernas. Sua causa ainda é desconhecida, embora haja predisposição genética em muitos casos.
Já a doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa progressiva, marcada por tremores em repouso, rigidez muscular, lentidão de movimentos e instabilidade postural. O problema ocorre devido à morte de neurônios que produzem dopamina, substância essencial ao controle motor, na chamada substância negra do cérebro.
Embora ambos os distúrbios afetem o controle dos movimentos, eles têm causas, sintomas e tratamentos distintos.
Procedimento é rápido e eficaz
O tratamento com HIFU visa interromper os tremores por meio da criação de uma pequena lesão na área cerebral responsável pelo distúrbio, usando o calor gerado pelas ondas de ultrassom. O procedimento é feito com o paciente acordado, sem necessidade de anestesia geral, e dura cerca de duas horas.
Segundo estudos clínicos, a melhora dos sintomas pode chegar a 70% já na primeira sessão. A técnica é aprovada pela Anvisa desde 2021 e pode ser aplicada em pacientes a partir dos 18 anos, sem limite máximo de idade.
Com informações do Saúde Business
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil