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Apesar da confirmação de um caso de sarampo no Paraguai, Mato Grosso do Sul segue sem registros da doença em 2024 e 2025, segundo a Gerência de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Cinco casos suspeitos estão em investigação e são acompanhados conforme os protocolos de vigilância epidemiológica.

Com o avanço da doença no país vizinho, a SES passou a participar de reuniões semanais com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), coordenado pelo Ministério da Saúde. O objetivo é alinhar estratégias de contenção, principalmente nas áreas de fronteira. A primeira reunião foi realizada na terça-feira (5), com participação da equipe técnica da SES.

“Nós não temos caso confirmado em Mato Grosso do Sul e estamos trabalhando para manter esse status. Por isso é tão importante vacinar quem está em áreas estratégicas e aumentar a cobertura em toda a população”, afirmou Frederico Moraes, gerente de Imunização da SES.

Desde os primeiros casos registrados na Bolívia neste ano, o governo estadual intensificou ações de bloqueio nas regiões de Corumbá e Ladário. Nessas localidades, estão sendo feitas campanhas de vacinação, bloqueio vacinal, busca ativa de sintomáticos e ações educativas, em parceria com o Ministério da Saúde e prefeituras locais.

Dia D de vacinação na fronteira

Em 26 de julho, o Estado promoveu o Dia D de vacinação, com foco na região de fronteira. Em Corumbá, foram aplicadas 1.050 doses contra o sarampo ao longo do mês, sendo 280 somente no Dia D. A ação também ofereceu proteção contra outras doenças: foram aplicadas 143 doses contra hepatite B e 168 contra Influenza.

Em Ladário, o Dia D resultou em 70 doses aplicadas contra o sarampo. Considerando o período de 11 a 24 de julho, o total chegou a 116 doses. Ao todo, 161 pessoas procuraram as unidades de saúde locais para atualização vacinal.

Monitoramento e vigilância

Além da vacinação, a vigilância foi reforçada com busca ativa feita por agentes comunitários de saúde, visitas domiciliares e revisão de prontuários em unidades e hospitais. O objetivo é identificar precocemente casos suspeitos de sarampo ou rubéola.

“A vigilância está em alerta. Qualquer caso suspeito deve ser imediatamente notificado e investigado. A população também precisa colaborar, procurando a unidade de saúde diante de sintomas como febre, manchas vermelhas no corpo, coriza, tosse ou conjuntivite”, disse Jakeline Miranda Fonseca, gerente técnica estadual de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES.

Últimos registros

O último registro de sarampo em Mato Grosso do Sul foi em 2020, com dez casos confirmados em Campo Grande. Em 2019, houve quatro: dois na Capital e dois em Três Lagoas.

Em 2025, o Brasil já contabiliza 21 casos confirmados de sarampo — três importados, dois sem histórico de viagem ou contato com viajantes e 16 registrados no estado do Tocantins.

A SES reforça que a vacina é a principal forma de prevenção e orienta que a população mantenha o cartão de vacina atualizado, especialmente o das crianças. A tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde do Estado.

Foto:Foto capa: Agência Brasil

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