O Carnaval é sinônimo de festa, encontros e muita agitação, mas também exige atenção com a saúde. A grande concentração de pessoas facilita a transmissão de diversas doenças, incluindo infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV e sífilis, além de doenças respiratórias e infecções transmitidas pela saliva, como herpes labial e mononucleose, conhecida como “doença do beijo”. Especialistas alertam que a prevenção é a melhor estratégia para reduzir os riscos durante a folia.
O uso correto e regular de preservativos é uma das principais formas de reduzir a transmissão de ISTs. Entre as doenças mais comuns estão o HIV, que afeta o sistema imunológico, e a sífilis, uma infecção bacteriana que pode causar complicações graves se não for tratada.
Outra infecção de grande preocupação é o papilomavírus humano (HPV), altamente contagioso e transmitido por meio de relações sexuais desprotegidas ou pelo contato direto com a pele infectada. O vírus pode provocar verrugas genitais e está associado a diferentes tipos de câncer. A vacinação contra o HPV está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos e meninas de 9 a 14 anos e para pessoas com comorbidades até os 45 anos. A imunização também pode ser encontrada na rede privada para faixas etárias ampliadas.
Além do preservativo, outras formas de proteção contra o HIV incluem a profilaxia pré-exposição (PrEP), que reduz o risco de infecção em pessoas expostas ao vírus, e a profilaxia pós-exposição (PEP), indicada em casos de risco, como relações sexuais desprotegidas. A PEP deve ser iniciada em até 72 horas após a exposição e pode ser acessada em unidades de saúde.
Especialistas recomendam atenção aos sinais de ISTs, que podem incluir feridas genitais, lesões na pele, dor ao urinar, febre persistente e inchaço nos linfonodos. Em caso de sintomas, a orientação é procurar atendimento médico para avaliação e tratamento adequado.
A aglomeração e o contato próximo também aumentam o risco de infecções transmitidas pela saliva, como mononucleose e herpes labial. O compartilhamento de copos, garrafas e talheres facilita a transmissão desses vírus.
A mononucleose, causada pelo vírus Epstein-Barr, pode provocar fadiga intensa, febre prolongada, dor de garganta e aumento dos linfonodos. Já o herpes labial se manifesta por meio de bolhas e feridas ao redor da boca, acompanhadas de ardência e coceira.
Para reduzir os riscos, a recomendação é evitar o contato direto com pessoas que apresentem lesões na região labial e manter uma boa higiene das mãos. Caso surjam sintomas, a busca por atendimento médico é essencial para diagnóstico e tratamento.
Além da prevenção contra infecções, outras medidas ajudam a manter a saúde durante o Carnaval. Manter-se hidratado, evitar o consumo excessivo de álcool e adotar hábitos de higiene, como lavar as mãos antes das refeições, são recomendações básicas.
Caso haja exposição a situações de risco ou o surgimento de sintomas suspeitos, a orientação é procurar assistência médica o mais rápido possível. A adoção de medidas preventivas é fundamental para garantir uma festa segura e sem preocupações.
Foto: Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul – Fundtur MS