O Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou recentemente ações e programas voltados ao tratamento da obesidade, uma doença crônica que afeta milhões de brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, a expansão do acesso a cuidados especializados busca atender à crescente demanda por atendimento no estado, que registrou em 2024 cerca de 15 mil pacientes por mês com diagnóstico de obesidade.
O avanço se dá por meio da Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade (LCSO), lançada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MS) para organizar o atendimento desde a Atenção Primária até a Atenção Hospitalar. A iniciativa envolve equipes multidisciplinares, ações de promoção da saúde, prevenção, tratamento clínico e cirúrgico, além de acompanhamento contínuo dos pacientes. (saude.ms.gov.br)
Atendimento infantil especializado
O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul oferece um programa de terapia da obesidade infantil, voltado a crianças e adolescentes de até 17 anos. O programa combina reeducação alimentar, acompanhamento de atividades físicas e suporte comportamental, com acompanhamento multidisciplinar para reduzir riscos futuros associados à obesidade. (hospitalregional.ms.gov.br)
Cirurgia bariátrica e medicamentos
Além do atendimento clínico, a SES/MS ampliou o acesso à cirurgia bariátrica, com triagem criteriosa feita por equipes especializadas, seguindo protocolos clínicos e critérios médicos como índice de massa corporal (IMC) e presença de comorbidades.
Ainda em análise, um projeto de lei na Assembleia Legislativa do estado propõe o fornecimento de medicamentos modernos para obesidade pelo SUS, incluindo fármacos como Liraglutida, Semaglutida e Tirzepatida. A medida, se aprovada, vai ampliar as opções de tratamento para pacientes que necessitam de intervenções farmacológicas. (al.ms.gov.br)
Em Mato Grosso do Sul, o aumento no número de diagnósticos de obesidade motivou a adoção de programas e protocolos pelo SUS para organização do atendimento e ampliação do acesso a tratamentos clínicos, cirúrgicos e pediátricos. As iniciativas refletem as estratégias em andamento no estado para lidar com a condição como um problema de saúde pública