Mato Grosso do Sul registrou queda significativa nos crimes patrimoniais no primeiro semestre de 2025, de acordo com levantamento divulgado pela Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública). Em comparação com o mesmo período de 2024, o estado apresentou recuos em praticamente todas as categorias de roubo e furto, com destaque para o roubo em via urbana, que caiu 21%, passando de 1.260 para 996 ocorrências.
Na capital, Campo Grande, que concentra um terço da população estadual, a redução foi ainda mais expressiva. Os roubos em via pública recuaram 30,7%, com 612 casos registrados neste ano, frente aos 875 do ano anterior. Houve também queda nos roubos de veículos (-20,2%), de 94 para 75 casos, e nos roubos ao comércio (-7,1%). Os roubos em residências diminuíram 7,8%, com 47 registros em 2025.
Entre os furtos, o maior destaque foi a redução de 33,4% nos furtos de veículos em Campo Grande, com 605 ocorrências neste ano ante 908 no ano passado. Já os furtos em residências apresentaram variação discreta, com leve aumento de 0,7%.
Segundo o coronel Emerson de Almeida Vicente, comandante do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM), o resultado é reflexo da intensificação das ações de policiamento ostensivo e preventivo, do aumento do efetivo e da adoção de estratégias com base em inteligência policial.
“Monitoramos semanalmente os dados da mancha criminal e direcionamos o efetivo para as áreas com maior necessidade. Com isso, conseguimos atuar com mais precisão”, afirmou o coronel. Ele destacou ainda o aumento das unidades de policiamento de 38 para 50 setores em Campo Grande, além da implementação de operações específicas voltadas para crimes contra o patrimônio.
No interior do estado, os dados também apontam tendência de queda. O número de roubos de veículos recuou 13,4%, de 164 para 142; o de roubos ao comércio caiu 6%, e os roubos seguidos de morte diminuíram de nove para três casos, uma redução de 66,7%. Já os furtos em residências passaram de 4.357 para 4.143 (-4,9%).
Para o delegado Fábio Leite Brandalise, titular da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), a melhora dos indicadores é resultado do investimento na valorização dos policiais e na modernização dos equipamentos e estruturas das forças de segurança.
O delegado aproveitou para reforçar o alerta à população sobre os riscos de adquirir produtos de origem duvidosa, como celulares ou eletrodomésticos sem nota fiscal. “É essencial exigir comprovante de compra. Desconfiar de preços muito baixos e evitar negociações com desconhecidos ajuda a prevenir o crime de receptação, cuja pena pode chegar a oito anos de prisão”, afirmou.
Ele lembrou que é possível verificar a procedência de aparelhos celulares por meio do número IMEI no site da Anatel, e recomendou que, sempre que possível, o comprador exija também carregador e caixa original do produto.
Com informações e imagem do Governo de Mato Grosso do Sul