Você já parou para pensar onde está o futuro do agronegócio?
Porque, se ainda não parou, saiba: ele não está mais nos velhos métodos, no improviso ou na intuição do “a gente sempre fez assim”. Está na análise de dados, na rastreabilidade, na automação, na inteligência artificial e — por mais desconfortável que soe — no abandono gradual de práticas ultrapassadas.
E aqui não falo de futurismo barato ou discurso de startup de cidade grande. Falo da realidade que já está em operação nas principais fazendas, usinas e cooperativas que entenderam uma coisa simples: ou o produtor rural assume as rédeas da inovação, ou será atropelado por ela.
A verdade nua e crua é que ainda há um fosso gigantesco entre quem planta e quem programa — entre o campo e o código. Mas esse abismo precisa ser encurtado. E rápido.
Não adianta o produtor reclamar do preço da soja e da arroba se ele não tem controle real do seu custo por hectare. Não adianta querer aumentar produtividade se a fazenda não tem um sistema integrado para gerenciar os dados de solo, clima, maquinário e equipe. É como correr atrás do prejuízo sem nem saber onde perdeu.
E, cá entre nós: será mesmo que o produtor brasileiro quer continuar sendo apenas o fornecedor de commodities? Ou será que já está na hora de subir na cadeia, agregar valor e decidir seu próprio futuro?
O mundo exige uma agricultura cada vez mais sustentável, rastreável, com menor uso de insumos químicos e maior transparência. Só que essas exigências não são obstáculos: são oportunidades — desde que o agro se conecte com a tecnologia certa.
Drones, sensores de solo, tratores autônomos, CRMs para gestão de venda direta, ERPs para o controle de insumos. Tudo isso já existe. A pergunta é: por que ainda há tanto produtor que não se permite conhecer?
É nesse ponto que esta coluna nasce: para provocar, para informar e, acima de tudo, para ajudar a construir pontes. Porque inovar no agro não é modismo, é uma exigência de mercado. E quem não entender isso, vai ficar pelo caminho.
Como dizia meu avô, “quem planta, colhe”. Mas hoje, quem não se atualiza… colhe prejuízo.